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UE, Reino Unido e ONU condenam plano de expansão de colonatos na Cisjordânia

A construção de mais de 3.000 casas por parte de Israel na Cisjordânia gera condenações internacionais, com alertas sobre a viabilidade da solução de dois Estados.
A construção de mais de 3.000 casas por parte de Israel na Cisjordânia gera condenações internacionais, com alertas sobre a viabilidade da solução de dois Estados. Direitos de autor  MTI
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A construção de mais de 3 mil casas por parte de Israel na Cisjordânia gerou condenações internacionais, com alertas sobre a viabilidade da solução de dois Estados.

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A União Europeia, o Reino Unido e as Nações Unidas opuseram-se, na quinta-feira, a um plano do governo israelita para a construção de mais de 3 mil casas em território da Cisjordânia ocupada.

O anúncio foi feito pelo ministro das finanças israelita, Bezalel Smotrich, de extrema-direita, que afirmou que a concretização do projeto "enterraria" de vez a ideia de um Estado palestiniano.

A construção ocorrerá na zona de E1, entre Jerusalém e o colonato de Maale Adumim, uma área estratégica que, segundo analistas, poderá dividir definitivamente a Cisjordânia.

Em reação à medida, Kaja Kallas, chefe da diplomacia da União Europeia, apelou a Israel para que suspendesse a construção de novos colonatos, sublinhando que o avanço do plano de colonatos E1 põe em risco a solução de dois Estados e constitui uma violação do direito internacional.

A Comissão Europeia, em conferência de imprensa, reiterou que qualquer alteração territorial fora de um acordo entre as partes envolvidas é ilegal. "Os colonatos são ilegais e devem ser interrompidos", afirmou a porta-voz da Comissão, Anitta Hipper.

Reino Unido e ONU contra o plano

O Reino Unido, através do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, expressou também a sua preocupação, condenando o plano israelita e alertando para o impacto negativo que este teria nas perspetivas de paz na região.

A ONU, por sua vez, já se tinha pronunciado anteriormente, considerando os colonatos uma violação clara do direito internacional e um dos principais obstáculos à paz entre israelitas e palestinianos.

O projeto E1, que está congelado há décadas devido à oposição internacional, poderá agora avançar, separando Jerusalém Oriental do resto da Cisjordânia, dificultando a criação de um futuro Estado palestiniano. Para os críticos, a medida não só representa uma violação das resoluções internacionais, como também impede qualquer perspetiva de uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano.

Governo israelita e a política de colonatos

Bezalel Smotrich, ministro de extrema-direita, celebrou a aprovação do plano, que será ratificado pelo governo israelita na próxima semana. O ministro justificou o projeto como parte de uma estratégia mais ampla de "soberania" israelita sobre a Cisjordânia, que, segundo ele, vem sendo implementada desde a formação do atual governo de Benjamin Netanyahu.

Para muitos, este é mais um passo no sentido de consolidar os colonatos israelitas na Cisjordânia, um dos maiores obstáculos à concretização de uma paz duradoura na região. Com o governo de Netanyahu a adotar uma postura cada vez mais à direita, a comunidade internacional teme que as tensões aumentem e a possibilidade de um acordo de paz se torne cada vez mais remota.

A decisão de avançar com o plano de construção de colonatos em E1 representa um ponto de inflexão na política israelita, que continua a ser bastante criticada no plano internacional, enquanto as perspetivas de resolução do conflito permanecem incertas.

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