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Putin culpa o Ocidente e a NATO pela guerra da Rússia na Ucrânia em cimeira na China

Vladimir Putin e Xi Jinping
Vladimir Putin e Xi Jinping Direitos de autor  Sergei Bobylev/Sputnik
Direitos de autor Sergei Bobylev/Sputnik
De Malek Fouda
Publicado a Últimas notícias
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O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu mais uma vez a invasão, em larga escala, no início de 2022 como uma resposta a um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente e à influência da NATO, uma alegação que nunca fundamentou com evidências.

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O presidente russo, Vladimir Putin, culpou abertamente o Ocidente e a NATO pela sua guerra total contra a Ucrânia durante o seu discurso na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, em Tianjin, na segunda-feira.

Putin defendeu a sua invasão em larga escala da Ucrânia no início de 2022, dizendo aos presentes que a guerra era "resultado de um golpe de Estado na Ucrânia, que foi apoiado e provocado pelo Ocidente" — uma referência aos sangrentos protestos Euromaidan em Kiev, que terminaram com a destituição do presidente Viktor Yanukovych, aliado do Kremlin, em 2014.

"A segunda razão para a crise são as constantes tentativas do Ocidente de arrastar a Ucrânia para a NATO", acrescentou Putin.

O presidente russo já fez acusações semelhantes várias vezes no passado, sem apresentar provas.

O líder russo proferiu estas declarações antes das conversações bilaterais com Xi, onde deveria atualizar o presidente chinês sobre as discussões entre a Rússia e os EUA sobre a guerra em curso, realizadas no Alasca no mês passado.

Na segunda-feira, Putin disse estar esperançoso de que "os entendimentos alcançados na recente cimeira de alto nível entre a Rússia e os EUA no Alasca estejam a abrir caminho para a paz na Ucrânia".

Entretanto, Xi anunciou que a China iria acelerar a criação de um banco de desenvolvimento da Organização de Cooperação de Xangai e prometeu 1,4 mil milhões de dólares em empréstimos ao longo de três anos para os Estados-membros, procurando expandir a influência da organização para além do seu foco tradicional na segurança.

"Atualmente, à medida que a situação global se torna mais complexa e turbulenta, os Estados-membros enfrentam responsabilidades mais árduas em matéria de segurança e desenvolvimento", afirmou Xi no seu discurso de abertura perante os líderes da Rússia, Índia e outros países da organização.

O presidente chinês apelou aos Estados para que "se oponham à mentalidade da Guerra Fria, ao confronto entre blocos e à intimidação", defendendo simultaneamente "um mundo multipolar igualitário e ordenado" — uma linguagem consistente com as críticas da China à liderança global dos EUA.

Os chefes de Estado de 10 países da Europa e da Ásia, incluindo Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, continuarão as conversações na segunda-feira.

Espera-se que muitos dos líderes estejam presentes em Pequim na quarta-feira na parada militar de Xi, que marca os 80 anos da vitória da China sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. O líder norte-coreano Kim Jong-un também deverá participar, juntamente com Putin.

Fundada em Xangai em junho de 2001, a Organização de Cooperação de Xangai expandiu-se de seis membros fundadores para uma família de 26 nações, composta por 10 membros, dois observadores e 14 parceiros de diálogo, abrangendo a Ásia, a Europa e a África.

O grupo tem crescido em influência desde a sua criação há 24 anos, embora os seus objetivos e programas permaneçam obscuros e o reconhecimento do nome seja baixo.

Muitos também o veem como parte dos planos de Pequim para promover o seu nome como um ator global na arena internacional.

Outras fontes • AP

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