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Etapa da Vuelta ganha por João Almeida perturbada por manifestantes pró-Palestina

Um grupo de ciclistas prepara-se para cruzar a meta durante a 11.ª etapa da Vuelta em Bilbau.
Um grupo de ciclistas prepara-se para cruzar a meta durante a 11.ª etapa da Vuelta em Bilbau. Direitos de autor  AP
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De Rafael Salido
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O líder israelita Benjamin Netanyahu manifestou o seu apoio à Israel-Premier Tech após o protesto pró-palestiniano que já interrompeu duas vezes a Vuelta. O governo espanhol pondera expulsar a equipa israelita para evitar novos incidentes.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse estar "orgulhoso" da equipa de ciclismo Israel-Premier Tech, cuja participação na Volta a Espanha em bicicleta tem estado rodeada de polémica desde o início da competição, com a prova a ser interrompida em duas ocasiões, a última das quais esta sexta-feira.

"Grande trabalho de Sylvian e da equipa de ciclismo de Israel por não cederem ao ódio e à intimidação", escreveu Netanyahu nas redes sociais, referindo-se ao proprietário da equipa, o empresário Sylvan Adams. "Fazem Israel sentir-se orgulhoso".

A mensagem do primeiro-ministro israelita, que também tem estado sob fogo durante meses pela ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, surgiu no mesmo dia em que a icónica corrida foi novamente perturbada por um protesto pró-palestiniano.

Na sexta-feira, durante a 13ª etapa, um grupo de pessoas com bandeiras palestinianas conseguiu parar o pelotão quando este estava prestes a iniciar a subida do Angliru, nas Astúrias, um dos percursos mais emocionantes da La Vuelta. A etapa, considerada "etapa rainha" da Vuelta, foi ganha pelo português João Almeida.

Jefferson Cepeda (Movistar), Bob Jungels (Ineos) e Nicolas Vinokourov (Astana) foram obrigados a travar a fuga, até que os agentes da Guardia Civil conseguiram pôr ordem na corrida. A corrida teve de ser interrompida durante cerca de 30 segundos.

Na passada quarta-feira, durante a 11ª etapa, ao passar por Bilbau, um grande grupo de manifestantes conseguiu passar a vedação, apesar da forte presença policial, e impediu os ciclistas de cruzarem a meta em paz, pelo que os organizadores decidiram cancelar a etapa desse dia.

Mesmo assim, Kiko García, diretor técnico da Vuelta, reconheceu a complexidade da situação. "A única solução que vejo é que a Equipa Israel compreenda que a sua presença aqui coloca todos em risco", disse.

No entanto, Óscar Guerrero, diretor da Israel Premier-Tech, deixou claro em declarações à 'Cadena Ser' que essa não é uma opção que tenham considerado. "Não nos vamos retirar voluntariamente da La Vuelta", afirmou.

Perante tal impasse, o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, mostrou-se "a favor" da expulsão da equipa israelita da competição, argumentando que é necessário enviar uma "mensagem" a Israel, tal como foi feito com a Rússia no passado.

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