Christian Brückner cumpria pena na Alemanha por violação de uma mulher em Portugal.
Christian Brückner vai ser libertado na quarta-feira de uma prisão na Alemanha. O alemão, apontado como suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, cumpriu uma pena de sete anos pela violação de uma mulher de 72 anos em Portugal, num caso que remonta a 2005.
A libertação acontece porque um doador anónimo pagou uma dívida de 1.446 euros que fazia parte da condenação. Se este valor não tivesse sido pago, o alemão teria de continuar na prisão durante mais 56 dias.
Em 2020, a polícia alemã declarou Brückner, de 49 anos, como suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann.
“Ele não é o nosso principal suspeito, é o único suspeito”, disse Hans Christan Wolters, o procurador alemão responsável pela investigação, numa entrevista à BBC.
Mas Brückner nunca foi formalmente acusado devido à falta de provas convincentes. Por esta razão, não vai voltar ser detido após o cumprimento da pena atual.
O cidadão germânico, de 49 anos, nega qualquer envolvimento no caso de Madeleine McCann.
Mas também a polícia britânica está a seguir esta pista. A Polícia Metropolitana de Londres fez um pedido para interrogar Brückner enquanto estava preso na Alemanha, mas ele rejeitou.
A suspeita já levou a operações conjuntas de busca das polícias alemã e portuguesa. A última decorreu em junho, quando cerca de 60 inspetores vasculharam a zona onde a criança foi vista pela última vez.
Christian Brückner passava bastante tempo no Algarve. Já foi julgado e absolvido de outros cinco crimes de natureza sexual, que teriam ocorrido nesta região do sul de Portugal entre o ano 200 e 2017. Um deles aconteceu apenas algumas semanas antes do desaparecimento de Maddie.
Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007 de aldeamento da Praia da Luz, no Algarve. A criança, de nacionalidade britânica, tinha três anos e passava férias com os pais e os irmãos gémeos.
O caso acabou por ganhar uma atenção mediática à escala global. Mas nunca foi resolvido.