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Roménia acusa ex-candidato presidencial Georgescu de tentativa de golpe de Estado

ARQUIVO: Calin Georgescu, o vencedor da primeira volta das eleições anuladas do ano passado, chega a um gabinete do procurador em Bucareste, Roménia, terça-feira, 27 de maio de 2025
ARQUIVO: Calin Georgescu, o vencedor da primeira volta das eleições anuladas do ano passado, chega a um gabinete do procurador em Bucareste, Roménia, terça-feira, 27 de maio de 2025 Direitos de autor  Vadim Ghirda/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Kieran Guilbert & Euronews Romania
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Georgescu e 21 outros suspeitos são acusados de planear atos de violência depois de as eleições presidenciais terem sido anuladas por alegada interferência russa em dezembro passado.

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Os procuradores romenos acusaram, na terça-feira, o político ultranacionalista Călin Georgescu, que liderou as eleições presidenciais anuladas do ano passado, de tentativa de golpe de Estado.

Segundo a acusação, Georgescu e outras 21 pessoas planeavam pôr em perigo a segurança nacional e a ordem constitucional do país, depois de a vitória do candidato pró-russo na primeira volta das eleições, em novembro, ter sido considerada inválida.

Numa entrevista à Euronews Roménia, o antigo procurador-geral da Roménia, Augustin Lazăr, disse que Georgescu poderia enfrentar até 20 anos de prisão se fosse considerado culpado.

Um dos outros suspeitos é Horațiu Potra, um mercenário que organizou um grupo paramilitar na sequência de um encontro com Georgescu a 7 de dezembro, segundo os procuradores.

No dia anterior, o Tribunal Constitucional da Roménia anulara a primeira volta das eleições, depois de terem surgido alegações de violações eleitorais e de interferência russa. Moscovo rejeitou as acusações de interferência na votação e Georgescu negou qualquer irregularidade.

De acordo com a declaração do Ministério Público, o grupo paramilitar formado por Potra planeava instigar confrontos e levar a cabo "ações violentas de natureza subversiva".

Potra foi detido a 8 de dezembro quando viajava para Bucareste com um grupo de homens armados, segundo a imprensa local. Terá sido libertado sob condição de se apresentar à polícia, mas mais tarde fugiu do país.

Numa conferência de imprensa na terça-feira, o procurador-geral da Roménia, Alex Florența, disse que o paradeiro de Potra é desconhecido, mas que ele estava a tentar obter asilo na Rússia.

A Roménia tem sido alvo de "extensas campanhas híbridas" por parte da Rússia ao longo do último ano, com ciberataques e desinformação que procuram influenciar as eleições, acrescentou.

Em dezembro, as autoridades do país membro da UE e da NATO divulgaram documentos que alegavam que Moscovo tinha organizado uma vasta campanha nas redes sociais para promover a candidatura presidencial de Georgescu.

Florența alegou que Georgescu tinha beneficiado de campanhas de desinformação online em plataformas como o Facebook e o TikTok.

Georgescu foi impedido de participar na tensa repetição das eleições, realizada em maio. A eleição acabou por ser ganha pelo candidato pró-UE Nicușor Dan, à frente do líder da extrema-direita George Simion. Georgescu anunciou entretanto a sua retirada da política.

Na terça-feira, Dan escreveu no X, dizendo que a investigação do Ministério Público mostrou como as ações da Rússia "apoiaram diretamente um candidato pró-Kremlin na corrida eleitoral".

"A Roménia não vai tolerar qualquer interferência estrangeira no seu processo democrático", afirmou.

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