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ONU tem 170 mil toneladas de ajuda humanitária para Gaza, mas precisa de apoio político

Nuvem de fumo sobre a cidade de Gaza
Nuvem de fumo sobre a cidade de Gaza Direitos de autor  AP Photo
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De Gregoire Lory
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O diretor-executivo da UNOPS, Gabinete de Serviços de Projetos da ONU, Jorge Moreira da Silva, explica que estão disponíveis 170 mil toneladas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

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"As Nações Unidas estão em condições de prestar ajuda imediata a Gaza", afirma o diretor-executivo do UNOPS (Gabinete de Serviços de Projetos da ONU) que garantiu que a instituição internacional dispõe de todos os meios logísticos e humanitários para ajudar os habitantes do enclave palestiniano.

"A ONU está pronta. Este é o momento de agir, e a ONU está pronta para agir", insistiu Jorge Moreira da Silva, diretor-executivo do UNOPS.

O responsável português afirmou que a instituição tem 170 mil toneladas de alimentos, medicamentos e ajuda humanitária prontas a entrar na Faixa de Gaza.

"Durante os primeiros 30 dias de cessar-fogo, podemos entregar 100 camiões de alimentos por dia. Podemos entregar, como fizemos durante o último cessar-fogo, um milhão de litros de combustível. Podemos repor seis hospitais em condições de funcionamento. Podemos melhorar o acesso à água e ao saneamento básico em 20% a 80%", afirma.

O UNOPS está também em condições de fornecer tendas e abrigos; contudo, falta um elemento para entrar em ação. "Só precisamos de ter condições políticas", admitiu Jorge Moreira da Silva.

Para já e enquanto se aguarda o cessar-fogo na Faixa de Gaza, o UNOPS está a fornecer combustível, o que garante o acesso a padarias, hospitais, água e esgotos.

"Sem combustível, não poderíamos satisfazer as necessidades humanas básicas", explica o diretor executivo. "Mas o combustível está a ser transportado em condições difíceis", acrescentou.

O papel essencial da ONU no terreno

As Nações Unidas enfrentam a desconfiança e as acusações de Israel na Faixa de Gaza que acusa a UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos, de estar infiltrada no Hamas.

A instituição internacional anunciou num comunicado de imprensa, em agosto de 2024, que se tinha separado de "nove funcionários que podem ter estado envolvidos nos ataques sangrentos levados a cabo pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023".

Esta decisão foi o resultado de uma investigação interna da ONU, no entanto, insiste que não foi capaz de autenticar de forma independente as informações utilizadas por Israel para sustentar estas alegações.

A estas acusações, Jorge Moreira da Silva prefere recordar o papel essencial da organização no terreno.

"Sem a UNRWA é impossível funcionar, porque a UNRWA é a agência que, por exemplo, presta ajuda direta em termos de saúde e educação às crianças e aos cidadãos de Gaza."

Enquanto se aguarda uma solução política para Gaza, o diretor-executivo do UNOPS olha para o futuro.

A sua agência está a preparar a próxima fase: a evacuação dos 50 milhões de toneladas de resíduos e escombros do enclave palestiniano.

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