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500 dias sem um governo regional em Bruxelas

A região de Bruxelas continua sem governo 500 dias após as eleições de junho de 2024
A região de Bruxelas continua sem governo 500 dias após as eleições de junho de 2024 Direitos de autor  European Union, 2025
Direitos de autor European Union, 2025
De Gregoire Lory
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Desde as eleições regionais de 9 de junho de 2024, os representantes eleitos da região de Bruxelas ainda não conseguiram formar um governo. As querelas comunitárias e políticas explicam estas dificuldades, mas também mergulham a região em dificuldades orçamentais.

É um recorde que a região de Bruxelas bem podia dispensar. Há 500 dias que a capital belga não tem um governo regional. Este vazio de poder faz lembrar o recorde mundial registado pela Bélgica entre 2010 e 2011. Nessa altura, foram necessários 541 dias de negociações para formar um governo federal.

Há muitas razões para a crise em Bruxelas. Em primeiro lugar, é preciso encontrar um equilíbrio entre os colégios eleitorais francófono e neerlandês. A dinâmica política das duas comunidades é diferente num parlamento regional com 14 partidos políticos que partilham 89 lugares.

Os liberais (MR) e os socialistas (Parti Socialiste) ganharam o círculo eleitoral francófono a 9 de junho de 2024, enquanto os ambientalistas Groen ganharam o círculo eleitoral neerlandês. Estas divisões comunitárias ficaram bem patentes durante as negociações, quando os socialistas francófonos, por exemplo, se recusaram a governar com o partido flamengo pró-independência N-VA.

Dificuldades políticas

Há também divergências políticas. Os liberais e os socialistas francófonos estão em desacordo sobre as questões prioritárias. Estas divergências refletem-se nas dificuldades em chegar a acordo sobre um orçamento regional.

Por último, o impasse na região de Bruxelas parece indicar também uma erosão do sentido de compromisso que caracteriza a política belga.

Em consequência desta crise, a região não pode aprovar um novo orçamento. Atualmente, está a ser aplicado um quadro orçamental antigo. Mas as consequências atingem todos os atores profissionais. As organizações de voluntariado têm de apertar o cinto e as empresas estão em dificuldades. Os serviços públicos e os hospitais também têm de esperar para poderem efetuar investimentos.

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