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Depressão Cláudia continua a fazer estragos em Portugal: mais de duas mil ocorrências

ARQUIVO: Funcionários municipais limpam uma rua que ficou inundada durante fortes chuvas durante a noite em Alges, nos arredores de Lisboa, na terça-feira, 2022
ARQUIVO: Funcionários municipais limpam uma rua que ficou inundada durante fortes chuvas durante a noite em Alges, nos arredores de Lisboa, na terça-feira, 2022 Direitos de autor  AP Photo
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De João Azevedo
Publicado a Últimas notícias
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As chuvas e ventos fortes causaram acidentes rodoviários, deslizamentos de terras, bem como queda de árvores e estruturas, o que danificou casas, estradas e veículos.

A depressão Cláudia, que assola Portugal desde a última quarta-feira e que já causou duas mortes no país, continua a sobressaltar a população.

Segundo a Proteção Civil, entre as 14:00 do dia 12 de novembro e as 11:00 desta sexta-feira, registaram-se 2434 ocorrências, a maioria relacionadas com inundações (1357).

As sub-regiões mais afetadas pelo temporal são a Península de Setúbal (577) a Grande Lisboa (265) e o Algarve (251), onde as chuvas e ventos fortes causaram acidentes rodoviários, deslizamentos de terras, bem como queda de árvores e estruturas, o que danificou casas, estradas e veículos.

As fortes chuvas provocaram um aluimento de terras no Fundão, distrito de Castelo Branco, fazendo com que um homem tenha ficado preso no interior do carro junto a uma linha de água desde a noite de quinta-feira. O alerta foi dado pouco depois das 23:00.

O idoso, que esteve em contacto permanente com as autoridades, mas não conseguia indicar o local exato onde se encontrava, acabou por ser localizado na manhã desta sexta-feira. Conseguiu ir pelos seus próprios meios até um café para pedir ajuda.

"O homem foi encontrado com vida, a pé, às 10:15, na Quinta do Nascer", adiantou fonte do Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela à Lusa. Encontrava-se estável, embora com sinais evidentes de hipotermia.

De acordo com a mesma fonte, "o homem está a ser avaliado em relação ao estado de saúde" e deverá ser encaminhado para uma unidade hospitalar.

Nas buscas estiveram envolvidos elementos da GNR e dos bombeiros.

Em Azeitão, no concelho de Setúbal, uma estrada abateu na sequência de um aluimento de terras: abriu-se um buraco decinco a seis metros que obrigou ao corte total da via nos dois sentidos.

Há registo de vários locais alagados no distrito de Setúbal, incluindo o mercado de Sines.

Veleiro encalhado

Duas pessoas, de nacionalidade belga, foram, esta sexta-feira, resgatadas de um veleiro que ficou encalhado na Cruz Quebrada, concelho de Oeiras. Ainda não se sabe se os ocupantes sofreram ferimentos.

A Polícia Marítima recebeu pelas 05:40 o alerta de que o veleiro "Surf", que seguia em direção à Marina de Cascais, estava com dificuldades de manobra, na entrada da barra de Lisboa, perto de Caxias. Por volta das 7:15, a embarcação começou a derivar à passagem pela ribeira do Jamor onde acabou por encalhar, tendo o resgate sido feito pouco antes das 9:00.

O veleiro ainda não foi retirado do mar.

Ventos de quase 130 km/hora

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a rajada de vento máxima na quinta-feira foi registada nas Penhas Douradas: 127,1 km/hora.

A segunda maior (124,2 km/hora) aconteceu no Cabo da Roca, em Sintra.

Já na Madeira, foi registada uma rajada de 116,3 km/hora na zona do Areeiro e uma de 112,3 km/hora.

A capitania do porto do Funchal atualizou alargou os avisos de vento e agitação marítima fortes até às 06h00 de sábado.

Em Nisa, no Alto Alentejo, ventos extremos danificaram dez habitações na aldeia da Falagueira, com o autarca local a definir o fenómeno como um "tornado". Ninguém teve de sair de casa, mas a depressão Cláudia já fez 32 deslocados nos concelhos de Abrantes, Salvaterra de Magos, Seixal e Pombal.

Em Olhão, no Algarve, o vento tombou várias árvores que caíram em cima de quiosques na zona ribeirinha.

Fim de semana de preocupação

No sábado, o distritos de Faro, Setúbal e Beja estarão sob aviso laranja entre as 09:00 e as 15:00, devido a "precipitação persistente, e por vezes forte e acompanhada de trovoada", informa o IPMA.

Em todas as regiões de Portugal continental permanece o nível de aviso amarelo por causa da precipitação de “aguaceiros por vezes fortes e acompanhados de trovoada”. Nas regiões costeiras, os alertas devem-se às “ondas de quatro a cinco metros” que devem prolongar-se até à noite de sábado.

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