Ao anunciar que irá enviar o seu enviado especial para se encontrar com Putin, Trump diz que também irá manter conversações com o seu homólogo russo e com o próprio Zelenskyy da Ucrânia.
"Durante a última semana, a minha equipa fez progressos tremendos no que diz respeito ao fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia", afirmou o Presidente dos EUA, Donald Trump, numa publicação no Truth Social, a sua aplicação nas redes sociais.
Trump acrescentou que a guerra "NUNCA teria começado se eu fosse presidente", Trump também sublinhou que 25.000 soldados morreram devido à guerra na semana passada.
"O plano de paz original de 28 pontos, que foi redigido pelos Estados Unidos, foi aperfeiçoado, com contributos adicionais de ambos os lados, e restam apenas alguns pontos de desacordo", escreveu Trump, afirmando ainda que deu instruções ao seu enviado especial Steve Witkoff para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin em Moscovo e que o secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, se reunirá com uma delegação ucraniana.
"Serei informado de todos os progressos realizados, juntamente com o vice-presidente JD Vance, o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário da Guerra Pete Hegseth e a chefe de gabinete da Casa Branca Susie Wiles", disse ainda o agente imobiliário que se tornou presidente, acrescentando: "Espero encontrar-me em breve com o Presidente Zelenskyy e o Presidente Putin, mas SÓ quando o acordo para pôr fim a esta guerra for FINAL ou estiver na sua fase final".
"Obrigado pela vossa atenção a este assunto tão importante e esperemos que a PAZ possa ser alcançada o mais rapidamente possível!"
Do alarme inicial ao otimismo cauteloso
Recentemente, altos responsáveis norte-americanos e ucranianos afirmaram ter feito progressos no sentido de pôr fim à invasão russa da Ucrânia, após conversações de alto nível na cidade suíça de Genebra.
As conversações destinavam-se a discutir o plano de paz do Presidente dos EUA, Donald Trump, para a Ucrânia, que suscitou preocupação entre muitos dos aliados europeus de Washington, que consideraram o plano fortemente conciliatório para Moscovo.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que liderou a delegação dos EUA em Genebra, afirmou que as conversações foram "muito proveitosas" e que os dias foram os mais produtivos desde há muito tempo.
"Sinto-me muito otimista quanto à possibilidade de conseguirmos fazer alguma coisa", afirmou Rubio.
"Este é um momento muito delicado", acrescentou.
"Alguns aspectos são semânticos ou linguísticos. Outros exigem decisões e consultas a um nível mais elevado. Outros, penso eu, precisam de mais tempo para serem resolvidos".
O projeto de 28 pontos elaborado pelos EUA para pôr fim à invasão russa em grande escala da Ucrânia, que dura há quase quatro anos, provocou inicialmente alarme em Kiev e nas capitais europeias.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que o seu país poderia enfrentar uma escolha difícil entre defender os seus direitos soberanos e preservar o apoio dos EUA de que tanto depende. Zelenskyy afirmou ainda que os ucranianos "defenderão sempre" o seu país.