Desde então, o presidente dos EUA, Donald Trump, minimizou o quadro de paz de 28 pontos como um "conceito" a ser "ajustado".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, chegou a Paris na segunda-feira para conversações com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, no âmbito de uma série de atividades diplomáticas destinadas a negociar os termos de um potencial cessar-fogo na guerra de quase quatro anos na Ucrânia.
A visita de Zelenskyy a Paris surge na sequência de uma reunião entre funcionários ucranianos e norte-americanos na Florida, no domingo, que o Secretário de Estado Marco Rubio descreveu como produtiva.
As duas partes têm trabalhado para rever um plano proposto pelos EUA, que foi desenvolvido em negociações entre Washington e Moscovo, mas que foi criticado por ser demasiado favorável às exigências russas.
As críticas foram talvez mais veementes por parte dos aliados europeus da Ucrânia que, embora saudando os esforços de paz dos EUA, rejeitaram os princípios fundamentais do plano.
Antes do encontro com Zelenskyy na segunda-feira, o gabinete de Macron disse que os dois líderes iriam discutir as condições para uma "paz justa e duradoura".
Desde então, o presidente dos EUA, Donald Trump, minimizou o quadro de paz de 28 pontos, que teria imposto limites ao tamanho das forças armadas da Ucrânia, impedindo o país de aderir à NATO e exigido que a Ucrânia desistisse de território, como um "conceito" a ser "ajustado".
Na semana passada, Macron, um dos principais aliados da Ucrânia, que tem apoiado firmemente Kiev e procurado contrabalançar os elementos do plano de paz dos EUA que são vistos como favoráveis à Rússia, exortou os aliados ocidentais a darem garantias "sólidas" à Ucrânia, caso seja alcançado um cessar-fogo ou um acordo de paz.
O presidente francês apoiou o envio de uma "força de segurança" por terra, mar e ar para ajudar a garantir a segurança do país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou na segunda-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, se iria encontrar com o enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, na terça-feira à tarde.
O papel de Witkoff nos esforços de paz foi alvo de escrutínio na semana passada, depois de ter sido noticiado que este orientou o conselheiro de Putin para os Negócios Estrangeiros sobre a forma como o líder russo deveria apresentar a Trump o plano de paz para a Ucrânia.
Tanto Moscovo como Washington minimizaram o significado das revelações.