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Câmara dos Representantes dos EUA recusa-se a limitar campanha de Trump contra a Venezuela

Presidente dos EUA, Donald Trump
Presidente dos EUA, Donald Trump Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
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De Euronews com AP
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A câmara baixa do Congresso dos EUA recusa-se a limitar o poder de Donald Trump para usar a força militar contra a Venezuela e alegados cartéis de droga. Caracas considera as declarações de Trump "ilusórias".

Na quarta-feira, os republicanos da Câmara dos Representantes votaram contra duas resoluções apresentadas pelos democratas que procuravam pôr fim à campanha de Trump para usar a força militar contra os cartéis de droga e a Venezuela.

As resoluções foram apresentadas pelos democratas com maior número de votos nas Comissões de Assuntos Externos e de Regras da Câmara, Gregory Meeks e Jim McGovern.

Os democratas forçaram a votação das resoluções sobre poderes de guerra, depois de Trump ter intensificado as suas ameaças contra o país sul-americano e de o Congresso ter questionado a forma como os militares norte-americanos estão a levar a cabo uma campanha que já destruiu 26 embarcações alegadamente transportadoras de droga e matou pelo menos 99 pessoas.

Além disso, Trump já ameaçou publicamente que as futuras operações militares poderão não se limitar a intervenções marítimas e alertou que poderão incluir eventuais operações terrestres.

Crescentes tensões bilaterais entre os EUA e a Venezuela

Meeks, o principal democrata da Comissão dos Assuntos Externos da Câmara dos Representantes, argumentou que as agressões dos EUA na região sucedem porque "o presidente Trump está a cobiçar o petróleo venezuelano".

A legislação exigiria que o governo federal solicitasse autorização do Congresso antes de continuar os ataques contra alegados cartéis, que considera organizações terroristas no Hemisfério Ocidental, ou de lançar um ataque à própria Venezuela.

Os Estados Unidos e a Venezuela têm vivido uma escalada de tensões desde agosto passado, quando Washington enviou os seus meios militares e milhares de fuzileiros para as Caraíbas, perto das águas venezuelanas, sob o pretexto de combater o tráfico de droga, que liga, sem provas, a Caracas.

Caracas acusa Trump de querer roubar o petróleo e os recursos naturais da Venezuela

O ministro da Defesa da Venezuela descreveu, na quarta-feira, como ilusórias as declarações do presidente Trump. Garantiu, ainda, que os venezuelanos não se sentem intimidados, no meio de crescentes tensões bilaterais.

Vladimir Padrino López rejeitou "categoricamente as declarações delirantes" de Trump, que "insolentemente ameaça a nossa nação com ações armadas e ordena um suposto bloqueio naval total para confiscar navios que transportam petróleo venezuelano, facto que constitui um ato vulgar de pirataria". Padrino López expressou o seu repúdio numa declaração lida durante uma emissão televisiva.

"As acusações feitas são fantasiosas e incoerentes, pois invulgarmente apontam que lhes roubámos petróleo, terras e outros bens, o que é completamente falso e desmascara a narrativa implausível da luta contra o narco-terrorismo", acrescentou o ministro da Defesa.

Segundo este, as declarações de Trump revelam também "as intenções perversas planeadas desde o início da escalada belicista em meados deste ano" para "forçar uma mudança de regime no nosso país e apoderar-se grosseiramente do seu petróleo e de outros recursos naturais estratégicos".

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