Pela segunda vez em três meses, a OCDE reviu em baixa as suas previsões de crescimento para a economia mundial.
Pela segunda vez em três meses, a OCDE reviu em baixa as suas previsões de crescimento para a economia mundial.
A quebra nos fluxos do comércio global para níveis normalmente associados a uma recessão levou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico a rever os seus números.
A OCDE prevê agora um crescimento global de 2,9% este ano, menos 0,1% do que anteriormente e de 3,3% em 2016, um corte de 3 décimas em relação à última previsão.
A eurozona deverá crescer 1,5% em 2015 e 1,8% no próximo ano, uma décima abaixo do que anteriormente previsto.
Os Estados Unidos também sofreram um corte de 0,1% nas previsões de crescimento para 2016, que são agora de 2,5%.
Para Portugal, a previsão de crescimento para este ano melhorou: é agora de 1,7%, contra 1,5% anteriormente. No entanto, o défice deverá ficar nos 3%, acima dos 2,7% previstos pelo governo.
O abrandamento na China é a principal causa da revisão em baixa das previsões de crescimento a nível global.
Situação particularmente complicada é a do Brasil. Segundo a OCDE, a maior economia da América Latina “entrou em recessão por causa dos baixos níveis de confiança, da incerteza política e dos preços das matérias-primas mais baixos”. O PIB brasileiro deverá assim contrair-se 3,1% este ano, mais do que os -2.8% da última previsão e o crescimento só deverá regressar em 2017, com as previsões a apontarem para uma expansão de 1,8%.