"Se houver uma coordenação orçamental entre os Estados da Zona Euro, o Banco Central Europeu poderá conseguir subir os juros mais cedo do que o previsto". A garantia foi dada por Mário Draghi, a pouco menos de um mês do fim do mandato do italiano à frente do BCE.
"A economia da Zona Euro precisa de investimento. Só o investimento pode retirar os países da moeda única do crescimento negativo, onde têm estado na maior parte da última década". A ideia é defendida por Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu.
"A resposta mais eficaz seria um estímulo liderado por investimentos na zona euro. Essa seria a melhor maneira de conseguir uma distribuição eficiente de gastos entre os países da moeda única - e essa é a razão pela qual solicitei um instrumento orçamental para a zona euro", explicou o italiano.
O BCE não pode criar investimentos, Só pode dar estimulos a quem os cria. A cerca de um mês do fim do mandato, Draghi consegui aprovar novas medidas, incluindo o corte na taxa de depósito. Quanto mais baixa for a taxa, mais caro é para os bancos manterem o dinheiro no BCE, portanto, é mais provável que o emprestem. Quanto mais emprestam, melhores são as condições para quem quer contrair créditos para investir.
O Banco Central Europeu também relançou a chamada flexibilização quantitativa, para um ritmo mensal de € 20 mil milhões a partir de dia um de novembro.
Mario Draghi afirmou que o BCE está ansioso para fazer o que for preciso: "qualquer que seja o caminho adotado, a política monetária continuará a fazer seu trabalho. As últimas decisões do Conselho do BCE mostraram determinação diante de uma perspectiva cada vez menor de crescimento e inflação."
A previsão de crescimento da zona euro foi revista em baixa: a economia deve expandir-se apenas 1,1% este ano e 1,2% no próximo. E a partir de dia um de novembro, já será Christine Lagarde a incentivar os governos a adotar uma estratégia mais favorável ao crescimento.