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Violência não poupa lojas de negros

Violência não poupa lojas de negros
Direitos de autor Andre Penner/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Ricardo Figueira
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As minorias étnicas também estão a ser vítimas das manifestações supostamente antirracistas que se espalham pelos EUA depois da morte de George Floyd.

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Negócios de todos os Estados Unidos estão a ser alvo da ira nas manifestações contra a morte de George Floyd às mãos da polícia.

Mas o que é suposto ser uma manifestação antirracista não está a poupar as próprias minorias étnicas, já que muitas lojas pertencentes a membros destas minorias estão também a ser destruídas. A violência atinge tanto as multinacionais como os pequenos negócios familiares.

Suad Hassan e a família são donos de um pequeno negócio em Lake Street, em Mineápolis. Conta: "Eu, as minhas irmãs e irmãos e a a minha mãe andamos há quatro dias a dizer às pessoas que este é um negócio que pertence a negros, que por favor não o destruam".

Muitos tinham acabado de reabrir depois do encerramento ditado pela epidemia. Marc Morial é o presidente da National Urban League, uma associação de defesa dos direitos civis. Diz que os negócios dos negros estão a ser penalizados pelo chamado racismo estrutural.

"Os negócios dos afro-americanos chegaram à altura da pandemia mais pequenos, com menos capital, menos reservas de dinheiro e por isso com maiores dificuldades em enfrentar a tempestade", diz Marc Morial.

Enfrentam agora uma outra tempestade e podem sofrer um golpe fatal por parte daqueles que estão na rua, supostamente, para os defender.

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