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Christine Lagarde põe ecologia na agenda do BCE

Christine Lagarde põe ecologia na agenda do BCE
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De  Maria Barradas com FT
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A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pretende direcionar o programa de compra de obrigações do banco para ativos ecológicos

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A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, admitiu orientar o programa de compra de ativos do BCE, no valor de 2,8 mil milhões de euros, para obrigações que respeitem critérios ambientais, com vista a combater as alterações climáticas.

"Quero explorar todas as vias disponíveis a fim de combater as alterações climáticas. Isto é algo que levo muito a peito", disse, em entevista ao Financial Times.

É a primeira vez que um presidente do BCE se compromete com decisões "mais ecológicas" nas operações do banco central, incluindo a compra de activos. A mudança faria dele o primeiro banco central a utilizar um programa emblemático de compra de títulos para prosseguir "objectivos verdes".

"O BCE tem de analisar todas as linhas de negócio e as operações em que estamos envolvidos para fazer face às alterações climáticas, porque, no final, o dinheiro fala", acrescentou Lagarde.

A revisão estratégica lançada por Christine Lagarde no início do ano foi suspensa por causa da pandemia da Covid-19 e agora retomada. Questionada sobre se a pandemia pode relegar para segundo plano os objetivos ecológicos, respondeu: "Eu tenho filhos, tenho netos. Só não quero olhar diretamente para os seus lindos olhos, a perguntrem-me a mim e aos outros: "O que é que vocês fizeram?"

A líder do BCE prevê que a crise económica traga uma ” a economia com mais ecologia, mais digitalização e novos métodos de trabalho", e diz que a Europa está em "excelente posição”.

O BCE tem estado sob pressão de grupos defensores do ambiente que o exortam a alterar o programa de compra de activos através da venda das chamadas obrigações "castanhas" emitidas por empresas com utilização intensiva de carbono e do aumento das compras de obrigações de empresas mais ecológicas.

Os críticos defendem que cabe aos políticos, e não aos bancos centrais, decidir quais as empresas a favor e quais as que devem ser penalizadas. Christine Lagarde parece ter decidido que, à falta de coragem política, são precisas medidas ecológicas.

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