Entre os países da moeda única, Portugal foi o 11.º com a taxa de inflação mais alta, com 8,6%
A taxa de inflação da zona euro caiu ligeiramente, em fevereiro, para os 8,5%, estima o Eurostat.
De acordo com o gabinete de Estatística da União Europeia (UE), os números representam uma queda de 0,1% face ao mês de janeiro.
O segmento dos bens alimentares, do álcool e do tabaco foi o que registou os aumentos mais significativos.
Em fevereiro, estes produtos custavam mais 15% do que em relação a igual período de 2022, de acordo com o Eurostat, o que representa um agravamento ao mês de janeiro, quando estavam 14,1% mais caros do que há um ano.
No segmento dos bens alimentares, a taxa de inflação dos bens não-processados, como é o caso da fruta, dos legumes ou do peixe foi de 13,6%, abaixo dos 15,5% dos bens alimentares processados, do álcool e do tabaco.
Com uma taxa de inflação de 13,7%- abaixo dos 18,9% de janeiro - o segmento da energia registou um ritmo de subida de preços menor.
Entre os bens industriais não-energéticos a taxa de inflação foi 6,8% em fevereiro - 0,1 pontos percentuais acima da taxa de inflação de janeiro. Em relação aos serviços, registou-se uma subida de preços para 4,8% face aos 4,4% de janeiro.
No conjunto dos países da moeda única, Portugal foi o que registou a 11.ª taxa de inflação mais alta (8,6%), mantendo-se inalterada em relação ao mês anterior e superado em 0,1 pontos percentuais a média da zona euro (8,5%).
Os especialistas acreditam que há pouco espaço para melhorar. De acordo com uma análise da consultora Oxford Economics não há sinais de abrandamento nos alimentos.
Também é preocupante a pressão sobre os bens industriais não energéticos.
Neste contexto, tudo indica que o preço do dinheiro continuará a subir e que o Banco Central Europeu não só aumentará as taxas de juro em 50 pontos base em março, como continuará na mesma trajetória no segundo trimestre do ano.