Corredor central Ásia-Europa essencial para combater subida nos preços

Corredor central assegura o transporte da Ásia para a Europa através da Ásia Central e do Mar Negro
Corredor central assegura o transporte da Ásia para a Europa através da Ásia Central e do Mar Negro Direitos de autor Michael Probst/AP
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Essa foi a conclusão principal do 5.º Fórum dos Balcãs e do Mar Negro, que decorreu no porto do Pireu, na Grécia. Esse mesmo porto terá um papel preponderante neste corredor.

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Apesar dos esforços dos governos da Europa e do Banco Central Europeu, a inflação na Europa é persistente.

Para além dos elevados custos da energia, as múltiplas crises geopolíticas desempenham também um papel fundamental nesta inflação: as guerras na Ucrânia e em Gaza, os ataques dos Houthis no Mar Vermelho e a tensão nas relações entre os EUA e a China.

Explica Dimitrios Rallis, secretário-geral adjunto do Secretariado da Cooperação Económica do Mar Negro: "Todas as crises, cada uma à sua maneira, afetam as rotas comerciais globais. Afinal de contas, tudo se resume a um aumento dos custos: aumento dos custos de transporte, de segurança e de comunicação."

Os corredores de transporte da Ásia, principalmente da China, para a Europa e as cadeias de abastecimento de produtos consumidos pelos europeus foram afetados, resultando num aumento significativo dos custos finais.

"Vou dar-vos um exemplo: no último trimestre, o custo de transporte dos contentores aumentou 100%", diz Angelos Vlachos, diretor executivo do porto de Kavala.

No último trimestre, o custo de transporte dos contentores aumentou 100%.
Angelos Vlachos
Diretor executivo do porto de Kavala

Para garantir bens suficientes e a preços acessíveis para os clientes europeus, é necessário desenvolver novos corredores de transporte entre a Ásia e a Europa, explicaram os peritos no 5.º Fórum dos Balcãs e do Mar Negro, no porto do Pireu. Atualmente, o mais plausível é o corredor central, que liga a China à Europa através da Ásia Central e da região do Mar Negro.

Renwei Huang, diretor-geral executivo do Instituto Fudan para a Nova Rota da Seda e para a Governação Global, explica: "As pessoas estão a pensar em corredores alternativos da Europa para a Ásia Oriental. Há três alternativas possíveis. O Mar Negro pode ser o Corredor Central, que dependerá em parte do porto do Pireu e também irá para norte, para a Hungria e para a Europa Central".

A União Europeia e a China manifestaram vontade comum de desenvolver o Corredor Central para fazer face aos atuais desafios geopolíticos e reforçar a segurança das cadeias de abastecimento.

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