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Empresas europeias cortam custos e reduzem investimentos na China

Pessoas passam por um ecrã de projeção que promove um centro comercial recém-inaugurado ao ar livre, ao estilo Hutong, em Pequim, segunda-feira, 26 de maio de 2025.
Pessoas passam por um ecrã de projeção que promove um centro comercial recém-inaugurado ao ar livre, ao estilo Hutong, em Pequim, segunda-feira, 26 de maio de 2025. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Angela Barnes & AP
Publicado a Últimas notícias
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As empresas europeias estão a cortar custos e a reduzir os planos de investimento na China, à medida que a sua economia abranda e a concorrência feroz faz baixar os preços, de acordo com um inquérito anual divulgado na quarta-feira.

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Os desafios refletem uma economia chinesa prejudicada por uma crise imobiliária prolongada que influenciou os gastos dos consumidores. Pequim também enfrenta uma crescente resistência da Europa, e dos Estados Unidos, relativamente ao aumento das exportações.

"O cenário deteriorou-se em muitos indicadores-chave", afirmou a Câmara de Comércio da União Europeia na China na apresenação do seu Business Confidence Survey 2025.

As mesmas forças que estão a impulsionar as exportações chinesas estão a deprimir as perspetivas de negócio no mercado chinês.

As empresas chinesas, muitas vezes atraídas por subsídios governamentais, investiram tanto em setores específicos, como o dos veículos elétricos, que a capacidade das fábricas ultrapassa largamente a procura.

O excesso de capacidade deu origem a ferozes guerras de preços que reduziram os lucros e a um impulso paralelo das empresas para os mercados estrangeiros.

Carros Avatr da Changan num centro de logística perto da Estação Terminal de Contêineres da Ferrovia de Chongqing, na terça-feira, 20 de maio de 2025.
Carros Avatr da Changan num centro de logística perto da Estação Terminal de Contêineres da Ferrovia de Chongqing, na terça-feira, 20 de maio de 2025. Andy Wong/Copyright 2025 The AP. All rights reserved

Na Europa, esta situação criou o receio de que as crescentes importações da China pudessem prejudicar as suas próprias fábricas e os trabalhadores que empregam.

No ano passado, a UE impôs tarifas aos veículos elétricos chineses, alegando que a China tinha subsidiado injustamente a produção de veículos elétricos.

"Penso que existe uma perceção clara de que os benefícios das relações bilaterais de comércio e investimento não estão a ser distribuídos de forma equitativa", afirmou Jens Eskelund, presidente da Câmara de Comércio da UE na China, aos jornalistas no início desta semana.

Eskelund aplaudiu os esforços da China para estimular o consumo, mas disse que o governo também deve tomar medidas para garantir que o crescimento da oferta não ultrapasse o da procura.

Os resultados do inquérito mostram que a pressão descendente sobre os lucros aumentou no ano passado e que a queda da confiança das empresas ainda não atingiu o seu ponto mais baixo, disse Eskelund. Cerca de 500 empresas associadas responderam ao inquérito entre meados de janeiro e meados de fevereiro.

"É muito difícil para todos neste momento, num ambiente de margens em declínio", afirmou.

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