Trinta anos depois do desastre, uma longa-metragem retrata a fuga de gases tóxicos de uma fábrica norte-americana, na Índia, um incidente que matou milhares de pessoas.
Penso que é a boa altura para contar a história porque o tempo passou, há uma distância emocional. Podemos contar a história de forma objetiva", disse o realizador.
A catástrofe de Bhopal remonta a 1984 e ficou na história como a maior catástrofe industrial do mundo. O presidente da empresa nunca compareceu diante da justiça.
O filme é realizado por Ravi Kumar.
“Bhopal tem estado na nossa consciência nos últimos trinta anos. Penso que é a boa altura para contar a história porque o tempo passou, há uma distância emocional. Podemos contar a história de forma objetiva”, disse o realizador Ravi Kumar.
Oficialmente, o desastre provocou a morte a 7575 pessoas. Mas os ativistas que lutam pelos direitos das vítimas estimam que o número real ronde as 25 mil pessoas, sem contar com os casos de cancro e outras doenças graves.
O ator indiano Rajpal Yadav incarna o papel de um trabalhador da fábrica de pesticidas.
“Pessoalmente, achei interessante o facto de os realizadores terem mostrado as as consequência do incidente através do olhar de um casal de trabalhadores pobres”, afirmou Rajpal Yadav.
A atriz Tannishtha Chatterjee incarna o papel da mulher pobre.
As pessoas desumanizaram-se na busca do lucro e do dinheiro. A ideia de base do filme, que é importante para mim é o facto de deixar a questão no ar, negócios, sim, uma vida melhor, sim, lucros sim. Mas a que preço?”, questionou a atriz indiana.
A longa-metragem do realizador indiano Ravi Kumar sobre a catástrofe de Bhopal não tem data de estreia em Portugal.