A exposição "O Império do Sultão", que visa destacar os laços culturais e quebrar os estereótipos entre a Europa e a Turquia, está patente no centro cultural Bozar, em Bruxelas. As obras-primas expost
O que é novo nesta exposição é a inclusão, pela primeira vez, de obras vindas da Europa de Leste. Até agora havia um grande foco na arte produzida em Itália, Holanda e Alemanha, mas nós incluímos obras da Hungria e da Polónia.
“A exposição “O Império do Sultão”, que visa destacar os laços culturais e quebrar os estereótipos entre a Europa e a Turquia, está patente no centro cultural Bozar, em Bruxelas. As obras-primas expostas fazem parte de um projeto internacional para mostrar quão rica foi a relação entre europeus e otomanos”, explica a correspondente da euronews, Gulsum Alan.
Receio e fascínio andaram de mãos dadas durante os cinco séculos de contactos entre o império otomano e a Europa.
Os artistas tiveram um papel decisivo na forma como as duas culturas eram apresentadas, sendo o período renascentista fértil nesta área.
Bellini, Durer, Tintoretto foram alguns pintores europeus que trabalharam sobre o exótico e poderoso império iniciado em 1453.
O curador da exposição, Guido Messling explica que “o que é novo nesta exposição é a inclusão, pela primeira vez, de obras vindas da Europa de Leste. Até agora havia um grande foco na arte produzida em Itália, Holanda e Alemanha, mas nós incluímos obras da Hungria e da Polónia, por exemplo”.
O acervo de 160 peças está dividido em seis temas que mostram o cruzamento dos dois mundos.
Além de pinturas, a exposição revela artefactos, tais como tapetes, armadura, moedas, manuscritos, entre outros.
As obras vieram de vários museus de prestígio em Londres, Nova Iorque, Berlim, Florença, Viena, Cracóvia.
O co-comissário, Michal Dziewulski, refere que “nos países da Europa Central houve uma grande assimilação das influências otomanas. Um bom exemplo é o retrato de Matias, Rei da Boémia vestido com um caftã, que é uma peça da moda otomana”.
A exposição faz parte de um projeto internacional denominado “Otomanos e Europeus”, que começou em 2013 e termina em 2016.
Conferências e residências de artistas fazem parte do programa destinado a todos os tipos de público.
“O Império do Sultão” vai estar no Bozar até 31 de maio e parte depois para o Museu Nacional de Cracóvia, até ao final de setembro.