A polémica estalou no seio do prestigioso Festival de banda desenhada de Angoulême, após a revelação dos nomes dos candidatos ao Grande Prémio.
A polémica estalou no seio do prestigioso Festival de banda desenhada de Angoulême, após a revelação dos nomes dos candidatos ao Grande Prémio. A lista inicial não continha nenhuma mulher.
As críticas ao alegado sexismo e discriminação não tardaram e vieram mesmo de alguns autores nomeados.
Face à contestação, a direção do festival decidiu justificar-se. Esta quinta-feira (7 de janeiro) foi mais longe. Anunciou que acaba com a lista de nomeações. Cada autor é livre de designar o vencedor ou vencedora da sua escolha.
O mundo da banda desenhada é dominado pelos homens. Em 43 anos de história do festival, Florence Cestac foi a única mulher galardoada com o Grande Prémio: “Sou a única mulher a ter recebido o Grande Prémio de Angoulême. No seio da Academia do Grande Prémio digo sempre que é preciso citar algumas mulheres.”
As mulheres representam cerca de 15% do total de obras de banda desenhada. Marjane Satrapi, autora de “Persépolis” e candidata ao Grande Prémio em edições precedentes, poderá este ano ver recompensado o conjunto da sua obra.