“Rabin, the Last Day” de Amos Gitai retrata o último dia de Yitzhak Rabin. A longa-metragem israelita cruza os registos da ficção e do documentário
“Rabin, the Last Day” de Amos Gitai retrata o último dia de Yitzhak Rabin. A longa-metragem israelita cruza os registos da ficção e do documentário.
O filme é um apelo ao respeito pelo outro, para que cada um não fique fechado nas suas próprias crenças como se o Deus do outro não existisse. Isso é uma atitude unilateral. Para que haja reconciliação, é preciso compreender o outro.
O realizador traça o retrato do primeiro-ministro de Israel abatido por um militante ultranacionalista em 1995 e analisa as causas do assassínio do homem que fez avançar o processo de paz entre israelitas e palestinianos.
A euronews entrevistou o cineasta israelita durante o Festival de Cinema dos Direitos Humanos em Genebra. Após a projeção do filme, Amos Gitai participou num debate com o público.
“O assassínio de Yitzhak Rabin bloqueou as negociações de paz, e, por isso, até hoje, o processo continua paralisado. Penso que o cinema não é apenas entretenimento e permite refletir sobre a realidade. Às vezes, o facto de evocarmos memórias é importante, pode fazer-nos avançar neste período de grande hostilidade que vivemos atualmente”, afirmou o realizador israelita.
Yitzhak Rabin fica para história como o político que fez avançar o processo de paz ao assinar em 1993 os acordos de Oslo com Yasser Arafat.
“O filme é um apelo ao respeito pelo outro, para que cada um não fique fechado nas suas próprias crenças como se o Deus do outro não existisse. Isso é uma atitude unilateral. Para que haja reconciliação, é preciso compreender o outro. É esse o tema do meu filme”, acrescentou o cineasta israelita.
A longa-metragem de Amos Gitai integrou a seleção oficial do Festival Internacional de Veneza, tem sido apresentado em vários festivais.