O realizador chileno, Pablo Larraín, continua a perscrutar as memórias do seu país em “Neruda”. O filme conta a história do Nobel Pablo Neruda
O realizador chileno, Pablo Larraín, continua a perscrutar as memórias do seu país em “Neruda”.
O filme conta a história do Nobel Pablo Neruda, interpretado por Luis Gnecco, que fugiu do país nos anos 40, após se juntar ao Partido Comunista.
O narrador é um polícia que persegue Neruda. García Bernal dá vida ao personagem e o seu desempenho excetional já lhe valeu elogios de vários críticos do cinema.
“A personagem é fascinante. É, simplesmente, fantástica. Há tanto para se fazer com a personagem. Há tanto com que trabalhar. É uma personagem flexível e muito divertida de representar. Foram estes os principais pontos de partida. Depois, claro, a dimensão poética, a personagem Neruda, os políticos. Tudo o que envolve. Até onde podemos ir com este filme, com tudo o que podemos experimentar. Tornou-se uma grande aventura”, afirmou Bernal.
Em “Neruda”, Larraín foge ao modelo tradicional de biografia. O filme mistura factos históricos e ficção e culmina num humor agridoce.
“Não usamos o tipo de humor que vem das comédias, com deixas de arrancar risos. São circunstâncias. É um paradoxo que pode ser absurdo ao ponto de ter piada. Porque o humor é uma excelente forma de expressar opiniões que de outra forma soaria moralista”, referiu o realizador.
“Neruda” foi exibido na Quinzena dos Realizadores, no festival de Cannes 2016.
O filme estreia no Chile, dia 11 de agosto e deverá estar nas salas de cinema na Europa no final do ano.