"Missa da Glória" de Puccini encanta Londres

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Quando se fala de Puccini pensa-se em ópera mas a primeira grande obra do compositor foi uma obra religiosa.

Quando se fala de Puccini pensa-se em ópera mas a primeira grande obra do compositor foi uma obra religiosa, a audaciosa missa da Glória.

A obra foi tocada recentemente no Centro Barbican, na capital britânica, pela orquestra sinfónica de Londres, sob a batuta de Antonio Pappano.

"A missa da Glória não é um trabalho do período de maturidade, o que lhe dá um certo charme. É uma obra do início, mas, inegavelmente, tem a marca de Puccini", sublinhou o maestro britânico Antonio Pappano.

A influência de Verdi

A missa composta em 1880 é a única obra religiosa de Puccini. O compositor italiano decidiu dedicar-se à música profana ao ficar fascinado por uma ópera de Verdi.

"Puccini fazia parte de uma linhagem de organistas e maestros de coro, mas, um dia fez uma viagem para ir ver a ópera Aida de Verdi, o que lhe mudou a vida. Aida era uma obra nova, com uma linguagem musical mais exótica que cativou Puccini", acrescentou Pappano.

Benjamin Bernheim canta Puccini

O tenor francês Benjamin Bernheim conhece bem a única obra religiosa de Puccini.

"É divertido porque foi uma das primeiras obras que cantei, ainda era um principiante, foi a minha primeira experiência como solista diante do público, com uma orquestra. É um regresso às origens e posso ver a diferença vocal de há quinze anos para cá. É outro mundo", afirmou Benjamin Bernheim.

"Há muito alegria nesta obra e cantamo-la, tanto quanto possível, com esse sentimento de admiração. É uma missa de glória e não de morte, não é um requiem. Estamos mesmo diante de uma obra iluminada. A obra termina com uma espécie de sorriso musical. Estamos à espera de algo e depois a obra acaba. É maravilhoso", acrescentou o tenor francês.

"É uma obra operática mas ele tenta ser litúrgico. Claro que, no fundo, ele já é um homem do teatro", sublinhou Pappano.

Para o maestro Antonio Pappano, o final da Missa da Glória é particularmente interessante. "É como algo que flutua e desaparece. É encantador", resumiu Pappano.

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