Estado dos EUA aprovou lei antiaborto em maio. A Disney rodou, recentemente, na Geórgia filmes como "Pantera Negra" ou "Vingadores: Endgame" devido a isenções fiscais oferecidas a produções cinematográficas, que podem ir até aos 30%.
A Disney ameaça parar de filmar no estado norte-americano da Geórgia caso a nova lei contra o aborto entre em vigor.
A sete de maio, o Governador Brian Kemp, aprovou um projeto-lei que proíbe o aborto logo que sejam detetados batimentos cardíacos no feto.
A nova legislação tem levantado controvérsias, em especial em Hollywood. Esta semana, a Netflix informou que iria repensar as operações na Geórgia, agora é a vez da Disney.
"Creio que se for lei, será muito difícil produzir lá. Duvido que o façamos. Muitas pessoas que trabalham para nós não vão querer trabalhar lá e vamos ter que atender aos seus desejos, a esse respeito. Neste momento, estamos a observar isso DCOM muita atenção. Penso que há alguma especulação de que poderia ser promulgada no início do ano. Creio que é provável, também, que seja contestada nos tribunais e isso pode atrasá-la. Estamos a ser cuidadosos e cautelosos em relação a isso, mas se for lei, não vejo como possamos continuar a filmar lá", refletiu o presidente executivo da The Walt Disney Company, Bob Iger.
O governador da Geórgia, Brian Kemp, prometeu manter-se firma: "somos chamados a ser fortes e corajosos e não recuaremos agora. Continuaremos, sempre, a lutar pela vida".
A Disney rodou, recentemente, na Geórgia filmes como "Pantera Negra" ou "Vingadores: Endgame" devido a isenções fiscais oferecidas a produções cinematográficas, que podem ir até aos 30%.
Segundo fontes estatais, citadas pela agência Reuters, no ano passado foram filmadas 455 produções cinematográficas e televisivas na Geórgia. A indústria emprega mais de 92 mil pessoas naquele estado do sul dos Estados Unidos da América.
A Geórgia é um dos oito estados a aprovar, este ano, legislação antiaborto. O objetivo é levar o Supremo Tribunal norte-americano a anular o caso histórico "Roe vs. Wade", de 1973, que estabeleceu o direito da mulher de interromper a gravidez.