Num dos momentos mais complicados de que há memória no setor cultural, profundamente afetado como outros pela pandemia de coronavírus, o Prémio Europeu Art Explora, atribuído em associação com a Academia de Belas Artes de França, distinguiu o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (Muceum, na sigla original).
As distinções deste ano pretenderam destacar a originalidade e coragem de museus com ambiciosos planos para a reabertura e conquista de novas audiências.
Frédéric Jousset, presidente e fundador da Art Explora:"A vocação deste prémio é criar um fundo para financiar os três museus mais inovadores na Europa, capazes de ir à procura do público, saindo da lógica de apenas lhe dar as boas vindas, para ir buscar o público que está longe pela mão e trazê-lo até às instituições."
Dos 350 museus de 20 países que se candidataram, três foram escolhidos para partilhar o fundo de 150.000 euros. O terceiro lugar foi para a National Gallery de Londres, que recebeu 20.000 euros para o projeto de levar as suas obras de arte até ao público mais isolado de um dos países mais afetados pela Covid-19.
O Thyssen-Bornemisza de Madrid recebeu o segundo prémio, com um projeto interativo que convida os mais jovens, dos 16 aos 35 anos, a reinterpretar as obras do museu e publicar as suas visões nas redes sociais.
O anúncio do primeiro prémio foi feito pelo próprio presidente da Art Explora.
Frédéric Jousset, presidente e fundador da Art Explora:"Vamos até ao MUCEM de Marselha, que recebe o primeiro Prémio Europeu Art Explora - Academia de Belas Artes, dotado em 80.000 euros, pelo seu inovador dispositivo de mobilidade, um serviço de autocarros que todos os domingos recolhe gratuitamente o público dos bairros periféricos da cidade francesa, para os levar até ao museu."
Todos os projetos podem ser conhecidos, em detalhe, na página web da Art Explora. Prémios onde o grande vencedor é, sem dúvida, o público.