Um país que não existe nos mapas

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"Si le vent tombe" é o primeiro filme realizado em Nagorno-Karabach

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Num país que não é reconhecido, um engenheiro tem de decidir se reabre ou não o aeroporto que nunca viu um avião descolar ou aterrar, porque não consta do registo mundial de aviação.

Este é o ponto de partida para o filme "Si le vent tombe".

Para a realizadora Arménia Nora Martirosyan, o “absurdo” vai muito além, da ficção em

Nagorno-Karabach.

A realizadora achou "incrível a situação de um país que não existe nos mapas, que não tem existência legal, e onde com todas as suas forças os habitantes e o governo fingem uma espécie de normalidade”. Nora Martirosyan levou muito tempo a escrever o argumento porque diz ser muito complicado escrever um filme que de alguma forma fala de geopolítica sem ser esse o tema principal.

O filme ficou concluído no início de 2020, alguns meses antes dos violentos confrontos entre azeris e arménios. Em novembro, os dois países assinaram um acordo de paz que mudou o mapa da região.

Para Nora Martirosyan “é especial ver o filme hoje, com estas novas fronteiras redesenhadas". “O filme permanece como está, diz uma verdade no tempo. Trinta anos de cessar-fogo não é apenas um momento, foi uma espécie de falsa paz durante 30 anos”, diz a realizadora

"Si le vent tombe" continua a ser o único filme realizado em Nagorno-Karabach.

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