Autoridades iranianas pressionadas para libertar atriz Taraneh Alidoosti

A atriz entrou em vários filmes do cineasta Asghar Farhadi
A atriz entrou em vários filmes do cineasta Asghar Farhadi Direitos de autor AP
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De  Pedro Sacadura
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Atriz foi detida por causa do apoio e alegada ligação com os movimentos de protesto que duram há vários meses no país

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As autoridades iranianas estão sob pressão para libertar a conhecida atriz Taraneh Alidoosti.

Ativista pelos direitos das mulheres, foi detida este sábado, mas são cada vez mais as celebridades e outros ativistas que exigem a sua libertação.

Em causa, dizem as autoridades iranianas, estão publicações nas redes sociais da atriz, de apoio à vaga de protestos que dura há três meses no país.

De acordo com a agência de informações no poder, Mizan Online,  Alidoosti foi presa "por ordem da autoridade judiciária", depois de "não fornecer documentação para algumas das suas alegações."

A agência de notícias local Tasnim, acrescentou: "Taraneh Alidoosti foi detida pelas suas ações recentes, publicando informação e conteúdos falsos, e por incitar o caos."

A atriz é conhecida por entrar em vários filmes do cineasta Asghar Farhadi, incluindo "O Vendedor", que arrecadou o Óscar de melhor filme estrangeiro em 2017.

Também entrou no filme "Os Irmãos de Leila", de Saeed Roustayi, apresentado, este ano, no Festival de Cannes.

Alidoosti, de 38 anos, tem denunciado a execução de manifestantes e em sinal de solidariedade retirou o véu islâmico.

A mesma atitude levou à detenção da jovem curda de 22 anos Mahsa Amini, em setembro. Foi detida pela polícia da moral, por alegado uso indevido do véu islâmico, e acabaria por morrer.

O caso provocou uma onda de indignação e precipitou a vaga de protestos histórica no país, que se mantém apesar de o regime de Teerão já ter executado dois manifestantes.

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