Eslováquia na luta contra o plástico

A Eslováquia ainda não está pronta para dizer adeus aos sacos de plástico. Muitos artigos de utilização única em plástico, tais como pratos e talheres, são já proibidos no país, desde o verão. Mas agora, governo eslovaco está a encorajar os supermercados a substituir os sacos de plástico por alternativas compostáveis, depois de o uso de embalagens de plástico ter aumentado em um terço, entre 2015 e 2018.
Mesmo sem os sacos de plástico serem proibidos, as cadeias de supermercados começaram a oferecer alternativas e com sucesso, numa iniciativa saudada pelo governo.
Por exemplo, na cadeia Lidl, a venda de sacos ecológicos no país permitiu uma redução de 30% no uso de sacos de plástico nas lojas.
"Os plásticos não são assim tão maus em geral. Têm um objetivo e uma função nas lojas, eles protegem os produtos. É preciso é os retalhistas questionarem-se se tudo o que é embalado em plástico tem mesmo de o ser", defende o porta-voz nacional da marca, Tomáš Bezák.
Desde que a Eslováquia introduziu um preço mínimo para os sacos de plástico, a utilização caiu drasticamente, mas, de acordo com os padrões europeus, ainda é demasiado elevada.
Enquanto Portugal foi o país com o menor consumo de sacos plásticos leves, em 2019, com uma média de apenas 8 sacos por pessoa num ano, os eslovacos, consumiram uma média de 105 sacos. No topo da lista está a Lituânia, onde cada pessoa consumiu 332 sacos.
O potencial de reciclagem de resíduos plásticos permanece em grande parte por explorar na União Europeia, menos de 30% estão a ser reutilizados.
E na Eslováquia, comparativamente à média comunitária, acabam nos aterros o dobro dos resíduos domésticos.
Ivana Maleš, do Instituto de Economia Circular (INCIEN), explica que "se um saco de plástico acaba no lixo, normalmente vai para o aterro, porque estamos a depositar em aterro 50% dos nossos resíduos, o que vai prejudicar o ambiente ao degradar-se em microplásticos. É prejudicial para o solo, a água e o ar".
Apesar de a Eslováquia ainda estar aquém na redução dos sacos de plástico, quer melhorar a situação no que toca às garrafas. A partir do início do próximo ano, uma taxa de depósito de 15 cêntimos será aplicada às garrafas de plástico nos supermercados.