UE vai fazer pressão na COP28 para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis

Países da UE concordaram em apoiar a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis
Países da UE concordaram em apoiar a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis Direitos de autor AP Photo/Michael Probst, File
De  Euronews Green
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Como primeiro passo, vai propor "um fim imediato a todo o financiamento de novas infraestruturas de carvão em países terceiros"

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Os países da União Europeia (UE) concordaram em fazer pressão na COP28 para a eliminação progressiva global dos combustíveis fósseis. A medida faz parte da promessa do bloco de apoiar e acelerar a transição energética antes da cimeira do clima, no Dubai, no próximo mês de novembro.

Face às alterações climáticas, à perda de biodiversidade, à poluição e às consequências do ataque da Rússia à Ucrânia, a UE diz que a nossa dependência em relação aos combustíveis fósseis nos deixa vulneráveis.

A volatilidade do mercado e o risco geopolítico, bem como o impacto ambiental e climático dos combustíveis fósseis que emitem emissões, são preocupações graves.

"A mudança para uma economia neutra do ponto de vista climático exigirá a eliminação gradual global dos combustíveis fósseis sem atenuação", declarou o Conselho num texto divulgado na quinta-feira.  O documento acrescenta que "a UE promoverá e apelará sistematicamente a um movimento global no sentido de sistemas energéticos livres de combustíveis fósseis sem atenuação muito antes de 2050".

Que avanços aconteceram na COP27?

Os combustíveis fósseis foram um tema quente na COP27, no Egito, em novembro passado. No entanto, os países não chegaram a um acordo sobre a eliminação progressiva do petróleo e gás, após a intervenção de nações ricas em petróleo, como a Arábia Saudita. 

A UE reforça agora a sua posição ao apelar a "uma transformação resoluta e justa a nível mundial no sentido da neutralidade climática". Como primeiro passo, propõe "um fim imediato a todo o financiamento de novas infraestruturas de carvão em países terceiros".

Também promete promover uma eliminação gradual global dos subsídios aos combustíveis fósseis ambientalmente nocivos, apoiando ao mesmo tempo os grupos mais vulneráveis numa transição justa para uma energia limpa.

A decisão aumenta as expetativas sobre a possibilidade da cimeira da COP deste ano poder conduzir a um acordo de "phase-out" que englobe o petróleo, o gás e o carvão. O processo pode ser ofuscado pela controversa decisão dos Emirados Árabes Unidos de nomear um chefe de uma empresa petrolífera como presidente das conversações sobre o clima.

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