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Governo prolonga situação de alerta até 13 de agosto devido ao risco de incêndio

Árvores ardem numa encosta perto de Castro Daire, uma cidade numa das áreas do norte de Portugal mais afetadas pelos incêndios florestais dos últimos dias, 19 de setembro 2024
Árvores ardem numa encosta perto de Castro Daire, uma cidade numa das áreas do norte de Portugal mais afetadas pelos incêndios florestais dos últimos dias, 19 de setembro 2024 Direitos de autor  Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De Euronews
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Medida foi prolongada, depois de ter entrado em vigor no passado domingo.

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O Governo português decidiu prolongar a situação de alerta devido ao tempo quente até ao dia 13 de agosto. O anúncio foi feito pela ministra da Administração Interna, após o Conselho de Ministros.

"Decidimos renovar a situação de alerta até 13 de agosto”, declarou a ministra Maria Lúcia Amaral.

Esta situação de alerta - que começou no último domingo e deveria ter terminado esta quinta-feira - vai vigorar nos mesmo termos. Vai também manter-se o dispositivo de combate aos incêndios ao nível da mobilização dos meios e dos operacionais.

A ministra deu duas razões para este prolongamento: porque “a vigência da situação de alerta contribuiu para uma redução do número de ignições” e porque se “prevê, mais uma vez, um agravamento das situações climatéricas para os próximos dias”.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as temperaturas máximas vão subir no próximo fim-de-semana, mantendo-se elevadas até segunda-feira, com os termómetros a variar entre os 30 e os 38 graus na maioria do território.

Na quarta-feira, o satélite do Copernicus mostrava 2625 hectares de área ardida no incêndio de Vila Real.

Estado de alerta

Durante o estado de alerta são tomadas “medidas excecionais" como a proibição de queimadas, a utilização de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Todas as licenças anteriormente atribuídas para estas atividades são agora suspensas.

Não é permitido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais. Os trabalhos com maquinaria nos espaços florestais e em áreas rurais que representem risco de ignição estão também proibidos.

Também é acionado um reforço do dispositivo operacional de combate aos incêndios rurais, com uma “elevação do grau de prontidão e resposta da GNR, PSP, bombeiros e Forças Armadas” e da “mobilização de sapadores florestais, agentes florestais e vigilantes da natureza”.

Outras medidas

O Conselho de Ministros também aprovou outras medidas de combate aos incêndios, incluindo o "agravamento do quadro sancionatório". Uma decisão que vai estar "refletida na lei de política criminal para o biénio 2025-2027".

“O chamado crime de incêndio florestal causa grave dano comunitário e, por isso, deve ter nesta lei de política criminal uma consideração especial, nomeadamente quanto à prioridade que deve ser dada na sua investigação”, justificou a ministra da Administração Interna.

As Forças Armadas foram autorizadas a comprar dois kits de combate aos incêndios que vão ser instalados nos aviões C-130.

Calor também não dá tréguas em Espanha

Depois de um mês de julho com temperaturas mais baixas do que o normal em grande parte do país, o território espanhol começou agosto com uma onda de calor sufocante que, segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), se prolongará pelo menos até quarta-feira, 13 de agosto.

A atual configuração atmosférica, bastante estacionária e dominada por uma massa de ar quente e seco de origem africana, está a favorecer uma subida térmica contínua, segundo a agência estatal. São esperadas máximas de 36ºC a 38ºC na maior parte do interior da península, com picos de até 40ºC nos vales dos rios Tejo, Guadiana e Guadalquivir.

Além disso, o sol intenso típico do verão poderá gerar trovoadas isoladas durante a tarde, especialmente em torno da Serra do Bético na quinta-feira, que poderão estender-se a outras zonas do interior na sexta-feira. As rajadas de vento associadas poderão ser localmente muito fortes, de acordo com a Aemet.

Quanto tempo vai durar o calor?

Para o fim de semana, as temperaturas vão continuar a subir. Estão previstas máximas de 40ºC a 42ºC no sudoeste e valores próximos dos 40ºC no vale do Ebro e no nordeste da península. Por outro lado, a zona cantábrica experimentará uma ligeira pausa térmica no sábado, embora as temperaturas voltem a subir no domingo.

A tendência de subida manter-se-á na segunda e terça-feira, especialmente no sudoeste e no interior do nordeste peninsular, onde as temperaturas poderão atingir os 41ºC a 43ºC. Embora se preveja uma mudança a partir de quarta-feira, dia 13, com descidas térmicas mais acentuadas na metade ocidental, a Aemet salienta que os valores continuarão a ser anormalmente elevados.

As noites também não vão oferecer alívio: as temperaturas mínimas não vão descer abaixo dos 23ºC a 25ºC em muitas zonas do centro, sul e costa mediterrânica. A partir de sexta-feira, estes valores estender-se-ão também às depressões do nordeste, dando lugar a noites tropicais ou mesmo tórridas, com pouca recuperação térmica durante as primeiras horas da manhã.

Nas Ilhas Canárias, a situação também é crítica. Desde a passada terça-feira, as temperaturas têm seguido uma clara tendência de subida. Prevêem-se temperaturas máximas entre 38ºC e 40ºC entre sábado e segunda-feira, mesmo nas zonas baixas do arquipélago. As temperaturas mínimas serão particularmente elevadas, não descendo abaixo dos 26ºC a 28ºC nas encostas do sul, pelo que os critérios de onda de calor poderão também ser cumpridos nas ilhas.

A Aemet insiste na importância de ter muito cuidado, de se manter hidratado, de evitar a exposição ao sol durante as horas centrais do dia e de seguir as recomendações das autoridades locais face a este episódio de calor extremo que, para já, não dá sinais de abrandar.

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