Um incêndio na freguesia da Bordeira, no Algarve, que começou no domingo ao início da tarde, já destruiu uma casa de segunda habitação em Aljezur. As fortes rajadas de vento têm dificultado as operações.
O incêndio que deflagrou ao início da tarde de domingo na freguesia de Bordeira, no concelho de Aljezur, já se propagou para o concelho de Lagos e destruiu uma habitação.
Segundo fonte da Proteção Civil, o fogo “terá tido origem em trabalhos agrícolas”. A Guarda Nacional Republicana está agora a investigar as causas.
Ao final da tarde de domingo o fogo continuava fora de controlo, devido às rajadas fortes de vento, entre os 50 e os 60 km/h, que contribuíram para o avanço das chamas na região.
“O fogo está fora da nossa capacidade de extinção e não fez, até agora, qualquer vítima”, informou Abel Gomes, segundo Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, em conferência de imprensa.
A intensidade do vento fez com que as chamas tivessem avançado 1360 metros por hora, destruindo 52 hectares de mato e floresta, bem como uma casa de segunda habitação.
A gravidade da situação foi confirmada pelo presidente da Câmara de Aljezur, José Gonçalves, que assegurou que os serviços municipais estavam "no terreno a fazer o levantamento e a verificar se houve outras casas afetadas”.
Ao final do dia, o fogo descontrolado avançou para o concelho de Lagos, onde a grande preocupação estava na povoação de Barão de São João, "uma zona que tem casas dispersas por uma vasta área”, informou o presidente da Câmara de Lagos, Hugo Pereira.
Por precaução, foram retiradas várias pessoas das suas habitações, principalmente de "casas espalhadas pela mata [de Barão de São João] e da zona do perímetro urbano com a mata", explicou o autarca.
Abel Gomes, segundo Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, mostrou-se preocupado com as condições meteorológicas, uma vez que as previsões apontam para a continuação de vento forte até terça-feira.
O incêndio obrigou ainda ao corte e condicionamento do trânsito em várias estradas, nomeadamente nas nacionais 120 e 268, que entretanto foram reabertas.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 8:00 desta segunda-feira, estavam no terreno 518 operacionais, apoiados por 181 viaturas e sete meios aéreos.