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Incêndios de Aljezur e Montalegre sofrem reativações

Incêndio de Aljezur já chegou a Lagos com mais de 500 operacionais no terreno
Incêndio de Aljezur já chegou a Lagos com mais de 500 operacionais no terreno Direitos de autor  Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De Euronews
Publicado a Últimas notícias
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Fogo de Aljezur, dado como dominado a 70% esta manhã, lavra em zona de difícil acesso por terra. Não há, apesar de tudo, populações em risco, garantem os bombeiros. Em Montalegre, vento muito forte causou reacendimento das chamas que se espalharam em duas frentes.

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O incêndio que esteve ativo durante o fim de semana em Montalegre, e que foi considerado dominado na manhã de domingo, sofreu, esta tarde, um reacendimento provocado pelo vento muito forte na região. Geraram-se duas novas frentes, avançando uma delas em direção à aldeia de Solveira.

"Para já, não há habitações em perigo, mas não vai faltar muito tempo", avisou, em declarações à Lusa, Júlio Lopes, adjunto do comando dos bombeiros locais, revelando que não há, até ao momento, registo de feridos.

Por volta das 20h30 desta segunda-feira, cerca de 190 operacionais, assistidos por 59 veículos terrestres, trabalhavam para extinguir um fogo que teve início, na madrugada de sábado, neste município fronteiriço do distrito de Vila Real e que chegou também a território espanhol.

A agência de notícias espanhola EFE avançou que as autoridades de Portugal e de Espanha estavam em contacto para coordenar os esforços de combate às chamas.

Mais de 600 bombeiros em Aljezur

O incêndio que deflagrou ao início da tarde de domingo na freguesia de Bordeira, no concelho de Aljezur, e se propagou para o concelho de Lagos, tendo sido dado como dominado a 70% esta manhã, sofreu várias reativações na tarde desta segunda-feira.

O fogo, que já destruiu uma casa desocupada de segunda habitação, lavra numa zona de difícil acesso por terra, sendo o vento o principal obstáculo dos bombeiros.

"Há várias reativações em todo o perímetro de incêndio. Todas com elevado potencial de desenvolvimento. Os próprios meios aéreos têm dificuldade face ao fumo e turbulência”, afirmou à Lusa Abel Gomes, segundo-comandante regional da Proteção Civil do Algarve.

O segundo-comandante explica ainda que está a ser feito um trabalho de antecipação, em conjunto com a GNR. “Tudo o que está na eventual linha de fogo está a ser acautelado”, afirma, assegurando, porém, que não há populações em perigo nem a serem retiradas.

Ao início da noite desta segunda-feira, estavam mobilizados para o combate a este incêndio mais de 600 bombeiros, apoiados por 216 viaturas terrestres. A expectativa é que a maior humidade durante a noite facilite o trabalho do dispositivo montado no terreno.

A Proteção Civil do Algarve lembra que está em causa uma frente de fogo de sete a oito quilómetros.

"Desde as 7:30 que temos meios aéreos a trabalhar no teatro de operações, ou seja, antecipámos aquilo que foi a abertura de centros aéreos para que logo no início do dia começássemos a operar", explicou.

O responsável da Proteção Civil adiantou ainda que nove pessoas tiveram de ser assistidas, entre as quais seis bombeiros, mas nenhuma das vítimas inspira preocupação.

Incêndio deflagrou em Aljezur e propagou-se

Segundo fonte da Proteção Civil, o fogo “terá tido origem em trabalhos agrícolas”. A Guarda Nacional Republicana está agora a investigar as causas.

Ao final da tarde de domingo o fogo estava fora de controlo, devido às rajadas fortes de vento, entre os 50 e os 60 km/h, que contribuíram para o avanço das chamas na região.

“O fogo está fora da nossa capacidade de extinção e não fez, até agora, qualquer vítima”, disse o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, em conferência de imprensa.

A intensidade do vento fez com que as chamas tivessem avançado 1360 metros por hora, destruindo 52 hectares de mato e floresta, bem como uma casa de segunda habitação.

A gravidade da situação foi confirmada pelo presidente da Câmara de Aljezur, José Gonçalves, que assegurou que os serviços municipais estavam "no terreno a fazer o levantamento e a verificar se houve outras casas afetadas”.

Ao final do dia, o fogo descontrolado avançou para o concelho de Lagos, onde a grande preocupação estava na povoação de Barão de São João, "uma zona que tem casas dispersas por uma vasta área”, informou o presidente da Câmara de Lagos, Hugo Pereira.

Por precaução, foram retiradas várias pessoas das suas habitações, principalmente de "casas espalhadas pela mata [de Barão de São João] e da zona do perímetro urbano com a mata", explicou o autarca.

O incêndio obrigou ainda ao corte e condicionamento do trânsito em várias estradas, nomeadamente nas nacionais 120 e 268, que entretanto foram reabertas.

As previsões apontam para a continuação de vento forte até terça-feira.

Mais de 40 concelhos dos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro estão esta segunda-feira em risco máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O perigo de incêndio rural vai manter-se elevado até sexta-feira, acrescenta o IPMA.

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