A crise do Euro

Muitos europeus têm uma relação amor/ódio em relação à moeda única. Uma década depois, o euro é culpabilizado, por muitos, pelos preços altos e pelos tempos difíceis. Traz desemprego, força à austeridade e a regras fiscais rígidas.
Não era suposto ser assim, pretendia-se que o euro criasse um mercado único na Europa, ao mesmo tempo que facilitava o fluxo livre de pessoas, bens e serviços no seio da União Europeia, estimulando a competição, a atividade empresarial e criando trabalho.
Agora, há quem diga que a crise é necessária para modernizar a economia da Europa. Outros dizem que o remédio da austeridade está a matar o paciente, e pode destruir a própria moeda corrente. Mas há quem acredite que é altura de assumir os euro-bonds e um plano, tipo Marshall, para modernizar as infraestruturas da Europa e ajudar a criar emprego. Há também os que acham que não vale a pena, que o euro, que tinha como função proteger o seu rebanho de tempestades, como esta, e que está destinado ao fracasso.
Ligados a esta edição de “The Network”, a partir do Parlamento Europeu, em Bruxelas, temos Elmar Brok, membro alemão deste parlamento e do grupo que inclui os democratas-cristãos da chanceler Angela Merkel.
Também Giorgios Karatsioubanis, membro do Partido de Esquerda grego, Syriza, que quer pôr fim à austeridade mas permanecer no euro.
E, a partir do estúdio da Euronews em Bruxelas, Carsten Brzeski, economista sénior no banco ING, que disse, recentemente, que se a Grécia sair do euro vai ser um caos completo porque os líderes não estão preparados.