Kupari, em tempos a mais famosa estância balnear do sul da Croácia, foi completamente bombardeada pela armada sérvia durante a guerra da Jugoslávia.
Antes da guerra, o complexo turístico estatal de Kupari ocupava 27 hectares, dispunha de 2000 camas e dava emprego a 400 pessoas. Por aqui passaram nomes como Tito, Richard Burton, Elizabeth Taylor e vários líderes mundiais.
O atual governo quer agora reconstruir Kupari e pede ajuda aos investidores estrangeiros. O custo total estima-se em mais de 200 milhões de euros.
Mais a norte, a ilha de Vir é igualmente famosa – mas pelas construções ilegais. A ilha quer pôr fim à imagem de campeã nacional das construções clandestinas.
Aliás, a mensagem do Ministério do Turismo é clara: tratem da legalização agora ou depois vão arrepender-se! O governo aligeirou recentemente a lei, com menos burocracia e multas insignificantes.
A construção na ilha de Vir não parou mas agora, os proprietários respeitam as regras: pedem as autorizações primeiro e constroem depois.
Estima-se que, em toda a Croácia, haja entre 150 mil e meio milhão de construções clandestinas. A Comissão Europeia preocupou-se quando a construção descontrolada começou a ameaçar a proteção costeira.
O turismo representa, atualmente, 15% do PIB croata – mais do que em Itália ou em Espanha, por exemplo. O governo croata está à procura de investidores e o dinheiro está a ser canalizado em massa para o setor do turismo.
Modernização e requalificação são palavras-chave da Estratégia Turística 2020, que a União Europeia reclama que a Croácia aplique numa tentativa de pôr fim ao caótico desenvolvimento turístico dos últimos anos.