Há vida em Bruxelas depois do atentados de 22 de março

Há vida em Bruxelas depois do atentados de 22 de março
De  Pedro Sacadura  com Sándor Zsíros

Passo a passo, Bruxelas ensaia o regresso à normalidade no rescaldo de uma terça-feira negra que se traduziu na morte de mais de 30 pessoas, vítimas

Passo a passo, Bruxelas ensaia o regresso à normalidade no rescaldo de uma terça-feira negra que se traduziu na morte de mais de 30 pessoas, vítimas de atentados terroristas no aeroporto de Zaventem e na estação de metro de Maelbeek.

O metropolitano da capital belga voltou a funcionar, ainda que de forma parcial, e sob um forte dispositivo de segurança. Muitas pessoas, ainda dominadas pelo choque, procuram, no entanto, evitar esta opção de transporte, numa altura em que prosseguem as investigações.

A notícia dos atentados em Bruxelas está em destaque na imprensa internacional desta quarta-feira, com múltiplas manifestações de apoio de vários países.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, prometeu defender e proteger os valores comuns e a liberdade da ameaça terrorista.

O fantasma da islamofobia, que tem perseguido muitos muçulmanos, parece estar de volta, com denuncia Karim, que trabalha no setor da restauração: “As pessoas olham-nos nos olhos, olham para o nossa cara e pensam que talvez possamos fazer algo igual. Mas não temos nada a ver com isto. A nossa sociedade vai ser muito afetada. Por isso, é tempo de acordar e de informar os líderes que podem fazer alguma coisa para mudar este cenário.”

Em plena Rue de la Loi, onde se encontra a estação de metro de Maelbeek, nas imediações do edifício da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, impera o silêncio.

Muitos dos turistas que dão vida ao corrupio habitual de Bruxelas contam as horas para regressar a casa, apesar de estarem limitados por causa do encerramento do aeroporto.

Sándor Zsíros, euronews – Para além do choque e do medo existe um forte sentimento de solidariedade em Bruxelas. As pessoas estão mais próximas umas das outras e nas redes sociais oferecem-se boleias e alojamento para os que ficaram bloqueados na cidade por causa do encerramento do aeroporto. A comunidade muçulmana local organizou uma colheita de sangue para os feridos.

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