Pagar 0,005% de impostos sobre o rendimento pode ser um sonho para a maioria, mas Apple conseguiu-o com a ajuda das autoridades irlandesas.
Pagar 0,005% de impostos sobre o rendimento pode ser um sonho para a maioria, mas Apple conseguiu-o com a ajuda das autoridades irlandesas. Contudo, este sonho fiscal chegou ao fim graças à intervenção da dinamarquesa Margrethe Vestager, Comissária para a Concorrência da União Europeia.
A Apple, empresa norte-americana, terá de reembolsar 13 mil milhões de euros à Irlanda devido a benefícios fiscais ilegais. Do outro lado do Atlântico, a notícia foi mal recebida: o departamento do Tesouro dos EUA acusa Bruxelas de atacar as multinacionais norte-americanas, mas sobretudo lamenta que se escapem milhares de milhões de dólares em impostos para os seus cofres.
Outro potencial contencioso entre os Estados Unidos e a União Europeia tem a ver com a eventual suspensão das negociações sobre o acordo de comércio transatlântico, conhecido por TTIP, depois de alguns líderes europeus terem pedido o fim definitivo das negociações, muito criticadas por parte da opinião pública.
Neste programa que passa em revista a atualidade europeia da semana falamos, ainda, do ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
Um grupo de funcionários das instituições europeias lançou uma petição de protesto contra a contratação de Barroso pelo Goldman Sachs, o mesmo banco de Wall Street que ajudou a mascarar as contas da Grécia para especular com a dívida do país. A petição, endereçada a Jean-Claude Juncker, Donald Tusk e Martin Schulz, está a caminho de atingir a meta de 150 mil assinaturas.
Agenda da próxima semana:
sábado e domingo: cimeira dos líderes do G20, na China.
sexta-feira: primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, recebe alguns homólogos do sul da Europa.