A multinacional francesa de eletricidade Engie é suspeita de ter recebido favorecimento fiscal do governo do Luxemburgo, tendo a Comissão Europeia aberto, esta segunda-feira, uma investigação aprofund
A multinacional francesa de eletricidade Engie, até há pouco tempo conhecida como GDF Suez, é suspeita de ter recebido favorecimento fiscal do governo do Luxemburgo.
A Comissão Europeia lançou, por isso, esta segunda-feira, uma investigação aprofundada para apurar se a empresa recebeu vantagens no pagamento de impostos, em violação das regras da União Europeia relativas aos auxílios estatais.
Esta investigação analisa duas operações financeiras, realizadas em 2009 e 2011.
“Parece que uma parte significativa dos lucros registrados pela GDF Suez no Luxemburgo através destes operações não foi de todo sujeita a imposto”, observa a Comissão.
“Se se confirmadar, tal significaria que a GDF Suez beneficiou de um auxílio estatal ilegal”, concluiu o executivo.
Contactado pela AFP, a Engie disse “tomar nota” da abertura do procedimento e “irá cooperar plenamente com a Comissão”.
Não é a primeira vez que a comissária para a Concorrência analisa acordos feitos pelo governo do Luxemburgo, que teve de recuperar impostos da francesa Fiat.
Em análise estão, ainda, as norte-americanas McDonalds e Amazon.
O mais recente e polémico caso envolveu a Apple, na Irlanda, com a empresa a ter de entregar 13 mil milhões de euros em impostos não cobrados.