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Valónia teme que acordo com o Canadá seja "cavalo de Tróia" para EUA

Valónia teme que acordo com o Canadá seja "cavalo de Tróia" para EUA
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De Isabel Marques da Silva
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O parlamento da região belga da Valónia reiterou, segunda-feira, que o acordo de comércio União Europeia-Canadá não protege suficientemente valores europeus, mas teme também que possa ser aproveitado

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O parlamento da região belga da Valónia reiterou, segunda-feira, que o acordo de comércio União Europeia-Canadá não protege suficientemente valores europeus, mas teme também que possa ser aproveitado pelas empresas norte-americanas que têm filiais no Canadá.

O presidente do governo regional da Valónia, André Antoine, disse à euronews que “não queremos, e o Canadá também não, que os produtos norte-americanos sejam canalizados através das subsidiárias que têm no Canadá para serem despejados na Europa”.

“Essas empresas sabem que um acordo similar com os Estados Unidos está quase morto, face às dificuldades que existem com CETA. Esse cavalo de Tróia não nos agrada”, acrescentou.

A ministra do Comércio do Canadá diz que foram acomodadas exigências dos valões, mas que a bola está do lado europeu.

Um analista de política comunitária do centro de estudos Brugel recorda que a Valónia não esta só nestas preocupações.

André Sapir explica que “também foram feitas declarações e um julgamento preliminar pelo Tribunal Constitucional alemão, que antecipou um determinado número de reticências que são bastante similares às do governo regional valão. O governo valão exprime-se de forma política, mas o Tribunal Constitucional alemão exprimiu-se em termos jurídicos, em termos constitucionais”.

O analista refere-se ao veredicto do passado dia 13 de outubro que deu luz verde ao governo alemão para assinar o acordo, mas que recomendou a criação de um mecanismo que lhe permita abandonar o tratado, porque ainda vai apreciar se este tem falhas ao nível constitucional.

A UE tinha dado um prazo até segunda-feira à noite à Bélgica para ultrapassar os obstáculos internos e dar a sua “luz verde”, indispensável para a assinatura do acordo, quinta-feira, em Bruxelas, mas que está cada vez mais ameaçada, já que necessita de unanimidade dos 28 Estados-membros.

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