Brexit: Terceira ronda negocial "sem avanços"

Brexit: Terceira ronda negocial "sem avanços"
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De  Isabel Marques da Silva com LUSA, REUTERS
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Não se registaram avanços durante a terceira ronda de negociações sobre o Brexit, que terminou, esta quinta-feira, em Bruxelas, com uma conferência de imprensa.

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Não houve “qualquer progresso significativo” nas negociações sobre o Brexit durante a terceira ronda que terminou, esta quinta-feira, em Bruxelas, com uma conferência de imprensa.

Esta foi a avaliação feita pelo negociador principal por parte da União Europeia, Michel Barnier, que deu como exemplo concreto o tema do mercado único.

“O Reino Unido quer retomar o controlo e adotar os seus próprios padrões e regulamentos. Mas, também, quer que esses padrões sejam reconhecidos automaticamente pela União Europeia, de acordo com o que está escrito nos documentos apresentados pelo Reino Unido. Isso é, simplesmente, impossível. Não se pode estar fora do mercado único e, ao mesmo tempo, definir as regras jurídicas do mesmo”, explicou Barnier.

.MichelBarnier</a> <a href="https://twitter.com/DavidDavisMP">DavidDavisMP#Brexit “Taxpayers of #EU27 should not pay for obligations taken by #EU28, including the #UK.” pic.twitter.com/fonaGcp7uL

— Mina Andreeva (@Mina_Andreeva) August 31, 2017

Outro tema difícil é o pagamento da “conta” antes da saída, sendo que alguns tecnocratas apontam para um valor de 60 mil milhões de euros, considerado muito elevado pelo governo britânico.

“No que se refere aos compromissos financeiros, a Comissão Europeia estabeleceu sua posição, mas temos o dever para com os nossos contribuintes de questionar rigorosamente esse valor”, disse o ministro britânico para o Brexit, David Davis.

“Na carta com o pedido de saída, dissemos que o acordo deve respeitar a lei e ser feito no espírito da continuidade de uma parceria entre Reino Unido e União Europeia”, acrescentou Davis.

O ministro não quis comentar o facto de Tony Blair ter visitado a Comissão Europeia no mesmo dia. O ex-primeiro-ministro britânico do Partido Trabalhista é um amigo próximo de Jean-Claude Juncker e leva a cabo manobras para evitar a saída do Reino Unido.

Bem longe de Bruxelas está a primeira-ministra britânica, Theresa May, que tenta abrir caminho, no Japão, para um futuro acordo comercial com aquela potência.

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