O debate coincide com suspeitas e alegações de interferência russa no processo político europeu.
A influência da propaganda russa, este um dos tópicos debatidos esta quarta-feira no parlamento europeu em Estrasburgo. O debate coincide com suspeitas e alegações de interferência russa no processo político europeu.
"Temos que fazer mais para que os jornalistas possam trabalhar de forma independente".
Verdes, Alemanha
Para uma eurodeputada alemã, a solução passa por criar condições para um jornalismo independente.
Rebecca Harms, German mep, GREENS:
"Se queremos que as nossas sociedades resistam a estas campanhas de propaganda, então há que fortalecer os cidadãos nas nossas sociedade. Temos também que fazer mais para criar situações estáveis nos nossos setores de comunicação de forma a que os jornalista possam trabalhar de forma independente", afirma a eurodeputada alemã Rebecca Harms dos Verdes.
O debate no plenário incluiu a participação de um deputado do partido da independência britânico, UKIP, que rejeitou as alegações de propaganda russa.
Para David Coburn trata-se de uma questão de pluralidade.
"Estou mais preocupado com a propaganda da União Europeia do que com a desajeitada versão russa.
O canal RT deu voz ao UKIP numa altura em que a BBC nos ignorava. Por isso, talvez eles estejam a defender a liberdade, uma liberdade que vocês todos querem ver abafada. Por isso, graças a Deus que existem", afirmou no seu discurso.
Na segunda-feira passada teve lugar em Bruxelas o primeiro encontro de peritos europeus de alto nível que debateram formas de luta contra a desinformação.
Em dezembro, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, anunciou um pacote de mais de um milhão de euros destinados a enfrentar a ameaça das campanhas de notícias falsas.