Na sequência da crise política despoletada com o assassinato do repórter de investigação Jan Kuciak, o primeiro-ministro da Eslováquia admite renunciar ao cargo, desde que não haja eleições antecipadas.
Na sequência da crise política despoletada com o assassinato do repórter de investigação Jan Kuciak, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, admite renunciar ao cargo, desde que não haja eleições antecipadas. Fico espera que o Presidente do país concorde que o próximo chefe de Governo seja escolhido pelo Smer, principal partido no poder, de centro-esquerda.
"Convocar eleições antecipadas na Eslováquia é a solução mais justa"
Eurodeputado, centro-direita, Eslov´áquia
Esta crise foi alvo de debate, quarta-feira, no plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, tendo um eurodeputado ecologista húngaro realçado a pertinência do trabalho de Kuciak sobre corrupção.
"A conclusão da visita que fiz à Eslováquia é que existe um problema sistémico em relação ao controlo sobre a utilização dos fundos da União Europeia em vários países, incluindo na Eslováquia", disse, à euronews, Benedek Jávor, que visitou recentemente aquele país.
O crime, a 25 de fevereiro, que vitimou também a noiva do jornalista, levou à maior onda de deprotestos populares desde o fim do comunismo, há quase três décadas.
Ainda não foi apresentada nenhuma acusação sobre a presumível autoria do crime.
"Convocar eleições antecipadas na Eslováquia é a solução mais justa para o país neste momento", disse, à euronews, Ivan Štefanec, eurodeputado eslovaco do centro-direita, partido na oposição no seu país.
Robert Fico está a tentar salvar o governo de coligação composto por três partidos, desde que um deles ameaçou abandonar o executivo se não for convocado um novo escrutínio.