A União Europeia e os Estados Unidos endureceram as suas posições em relação à Rússia por causa do caso do envenenamento em Salisbury (Reino Unido), em março passado. Convidado a comentar a decisão para a euronews, o embaixador Vladmir Chizhov disse que a "histeria anti-Rússia está a perder fôlego".
A União Europeia e os Estados Unidos endureceram as suas posições em relação à Rússia, esta semana, por causa do caso do envenenamento em Salisbury (Reino Unido), em março passado. A euronews pediu o comentário do embaixador da Rússia para a União Europeia, Vladimir Chizhov.
euronews: Concorda com a alegação de que o uso de armas químicas em solo europeu exige medidas duras contra o país de onde vieram as armas, que foi a Rússia?
Vladimir Chizhov: Pergunto-me onde é que obteve a informação de que houve um envenenamento e de que a Rússia esteve por trás disso. Há uma histeria anti-Rússia que veio do outro lado Atlântico, que começou no outro lado do Atlântico e é como um vírus que voou até à Europa, por onde se espalhou. Mas está a perder fôlego porque quem iniciou esse movimento tem cada vez menos argumentos para o justificar. Há muitos anos que alimentam pretextos desse tipo ou inventam novos que não têm nada a ver com a realidade.
euronews: O chefe da diplomacia britânica, Jeremy Hunt, visitou Washington com o objetivo de construir uma frente unida com a UE contra a Rússia.
Vladimir Chizhov: A Grã-Bretanha parece dar passos maiores do que as pernas. Um país que está prestes a deixar a União Europeia com ou sem um acordo, como vimos hoje, tem estado a dar conselhos e instruções sobre como lidar com a Rússia. Agora vão ainda mais longe e querem dar orientações aos Estados Unidos.