UE limita utilização de antibióticos na agropecuária

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Em 2015, o uso de antibióticos veterinários foi duas vezes maior do que na medicina humana. Para proteger os cidadãos, o diploma prevê a aplicação do princípio da reciprocidade com os países terceiros.

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A União Europeia quer combater a resistência antimicrobiana e manter as bactérias resistentes aos medicamentos fora da alimentação. Para isso, vai limitar o uso de antibióticos em animais do setor da agropecuária.

Uma prática utilizada na exploração de Hubert del Marmol, em Brabante Valão, na Bélgica. Aqui, as 35 vacas não são vacinadas preventivamente.

A solução está na introdução de uma dieta variada. A escolha revelou-se um êxito tanto económico como para a saúde.

"Alguns médicos enviam os pacientes para aqui porque dizem: coma menos carne, mas carne de qualidade, orgânica e de qualidade. Isso é óbvio, se quisermos reduzir a ingestão de produtos prejudiciais à saúde", afirma o produtor.

A chave para o êxito está em manter a manada reduzida. O número limitado de animais diminui o risco de contaminação e, também, o número visitas do veterinário. Marmol refere que o veterinário não aparece "quase nunca. Ele vem para um exame de sangue anual. Disse-me que se só tivesse clientes como eu, iria à falência."

Em 2015, o uso de antibióticos veterinários foi duas vezes maior do que na medicina humana. Para proteger os cidadãos, o diploma prevê a aplicação do princípio da reciprocidade com os países terceiros.

"Não poderemos importar carne de países terceiros que não cumpram estas normas. Ou seja, iremos impor as nossas regras aos países terceiros, caso queiram continuar exportar a sua carne. Vamos obrigá-los a seguir os mesmos padrões", refere a eurodeputada francesa Françoise Grossetête.

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