UE aprova sanções contra Rússia e Síria
Por causa do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal, em março de 2018, na localidade britânica de Salisbury, a União Europeia aprovou, segunda-feira, sanções contra quatro russos, incluindo o chefe do serviço de informações secretas militares da Rússia.
Estou confiante de que os governos dos Estados-membros tomaram esta decisão porque havia uma forte base legal
Chefe da diplomacia, União Europeia
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, relativizou as críticas do presidente russo, Vladimir Putin, que nega qualquer responsabilidade no caso.
"Sempre atribuímos muita importância à base legal para as nossas decisões e estou confiante de que os governos dos Estados-membros tomaram esta decisão porque havia uma forte base legal", disse Mogherini, na conferência de imprensa, em Bruxelas.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros impuseram, também, sanções semelhantes contra a entidade síria responsável pelo desenvolvimento e fabrico de armas químicas e cinco pessoas a ela ligadas.
Na agenda da reunião estava, ainda, a discussão sobre como proteger o acordo nuclear com o Irão, que foi abandonado pelos EUA.
O governo de Donald Trump promete sancionar comercialmente as empresas a operar nesse país, incluindo europeias, pelo que a Comissão Europeia tenta criar um mecanismo de defesa.
O texto sobre o mesmo deverá estar pronto a tempo da cimeira de líderes, em março.
Mas já em fevereiro, Trump pretende organizar uma conferência sobre o Médio Oriente, na Polónia, vista pelos analistas como mais uma tentativa para dividir o bloco europeu nesta matéria.