Aliados aumentam gastos em defesa

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De  Joao Duarte Ferreira
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Apesar de apenas seis países terem chegado aos 2% do PIB registou-se um aumento na média europeia de gastos com defesa

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, divulgou esta quinta-feira o relatório anual da organização relativo ao ano passado. 

Stoltenberg afirma que os aliados voltaram a investir em defesa com aumentos acentuados nos países do Báltico, Polónia e nos Países Baixos. Mesmo assim, apenas seis países atingiram a meta de 2% definida anteriormente pelos Estados Unidos.

Portugal não integra a lista dos seis países que cumpriram a meta.
Em 2018 o país gastou 1.35% do PIB, um aumento de 12% relativamente ao ano anterior.

"No ano passado, os aliados europeus e o Canadá aumentaram as despesas com a defesa em 4% em termos reais. Desde 2016 que gastaram mais 41 mil milhões de dólares em defesa" disse Stoltenberg na conferência de imprensa.

Até ao final de 2020, a NATO prevê que os gastos totais venham a alcançar 100 mil milhões de dólares.

No entanto, este especialista afirma que em termos reais o aumento médio na Europa é muito baixo.

"Uma boa parte do ceticismo é sobre se os aliados vão de facto alcanaçr a meta de 2% até 2024. Porque 11 senão mesmo 12 dos aliados incluindo três dos maiores, a Itália, Espanha e Alemanha, têm feito aumentos anuais muito modestos" defende Brooks Tigner, da publicação especializada em defesa, Jane's Defence Weekly.

O relatório refere igualmente um detalhe importante: os soldados mudam de uniforme. Do uniforme do deserto para uniformes brancos e caqui. Será que isto significa o regresso ao continente europeu?

"A aliança está agora a concentrar-se na dissuasão e na defesa do continente europeu. E aqui há três tarefas a cumprir: defesa coletiva, gestão de crise e capacitação de parceiros. A prioridade volta a ser a defesa do nosso território", afirma Sven Siscop do Egmont Institute.

E de facto, a NATO aumentou a sua presença no lado oriental da Aliança.

O repórter da euronews, Andrei Beketov, acompanhou o encontro.

"Apenas uma página do relatório é dedicada às relações com a Rússia que se resumem a duas palavras: defesa e diálogo. A data chave é 2014 quando a Rússia anexou a Crimeia e deixou de ser um parceiro estratégico da Aliança".

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