Parlamento Europeu recorda detidos no incidente de Kerch

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De  Isabel Marques da SilvaAna LAZARO
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Parlamento Europeu recorda detidos no incidente de Kerch

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Capturados há quatro meses pelas autoridades russas no estreito de Kerch, 24 marinheiros ucranianos esperam que a pressão internacional os ajude a voltar para casa.

Os familiares tentam participar nesse esforço e, terça-feira, alguns deslocaram-se ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O pai de Vasyl Soroka acusa a Rússia de fazer pressão psicológica sobre o marinheiro, que ficou ferido durante o ataque.

"Todas as famílias estão muito preocupadas comos seus entes queridos porque a Rússia usa medicamentos não-convencionais para fazer uma espécie de tortura, tentando enfraquecê-los psicologicamente. Não temos comunicação direta com o meu filho, não há telefonemas ou cartas. As informações são dadas pelos advogados ou agentes do consulado", disse Viktor Soroka à euronews.

A União Europeia impôs, este mês, mais sanções contra oito altos-funcionários da Rússia envolvidos na captura dos marinheiros ucranianos, depois de ter pedido muitas vezes ao Kremlin para os libertar.

Na sessão organizada por vários partidos, uma eurodeputada ecologista alemã alertou para a violação dos direitos dos detidos.

"Fiquei muito chocada quando ouvi o tribunal russo que está a julgar este caso dos marinheiros ucranianos dizer que os vão submeter a exames e tratamento psicológico. Isso faz-me recordar o período mais negro da União Soviética", afirmou Rebecca Harms.

As Nações Unidas consideram que se trata de um caso de prisioneiros de guerra, a que se aplica a Convenção de Genebra.

Mas a Rússia argumenta que não está em guerra com a Ucrânia e que vai aplicar o código penal, que prevê penas até seis anos de prisão para o crime de entrada ilegal no país.

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