"Breves de Bruxelas": Eurodeputados criticam Conselho Europeu

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Direitos de autor REUTERS/Vincent Kessler
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De  Isabel Marques da Silva
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O abandono do conceito de cabeças-de-lista para escolher quem vai presidir à Comissão Europeia caiu mal a muitos eurodeputados, que disso deram conta no primeiro debate temático da sessão plenária inaugural do Parlamento Europeu, quinta-feira, em Estrasburgo (França).

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O abandono do conceito de cabeças-de-lista para escolher quem vai presidir à Comissão Europeia caiu mal a muitos eurodeputados, que disso deram conta no primeiro debate temático da sessão plenária inaugural do Parlamento Europeu, quinta-feira, em Estrasburgo (França).

"Precisamos de democratizar o processo de eleição dos líderes na União Europeia", disse Dacian Ciolos, líder da bancada Renovar a Europa (liberal).

A crítica foi generalizada sobre o facto de os chefes de Estado e de Governo terem proposto Ursula von der Leyen para liderar o executivo europeu, em vez de um dos candidatos que fizeram campanha eleitoral.

Apesar da ministra da defesa da Alemanha ser do Partido Popular Europeu, que venceu as eleições, a bancada de centro-direita também se mostrou agastada.

"Nós acreditávamos no processo de cabeças-de-lista e continuamos a acreditar. Posso garantir que daqui a cinco anos continuaremos a acreditar, porque damos valor às urnas em vez de às portas fechadas", afirmou Esteban González Pons, vice-líder da bancada do Partido Popular Europeu (centro-direita).

Houve também críticas pelo facto dos Verdes e dos países de leste não terem sido contemplados com nomeações.

E até que o Brexit se concretize, até 31 de outubro, os 29 britânicos eleitos pelo partido com o mesmo nome vão manter o seu estilo.

"É o que vocês fazem aqui que nos faz ir embora. Vamos partir, vamos embora, estaremos fora", disse Ann Widdecombe, eurodeputada eurocética britânica.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou à aprovação dos nomes propostos e mostrou-se comedido no discurso: "Eu gostaria que as duas instituições cooperassem da melhor maneira possível, pelo que hoje me vou abster de fazer muitos comentários".

É necessário que o Parlamento aprove o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade dos eurodeputados mais um). Se o candidato não obtiver a maioria necessária, os Estados-membros terão de propor um novo candidato no prazo de um mês (Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada - 21 dos 28 países, representando pelo menos 65 por cento da população da União).

Este é o tema de abertura do programa "Breves de Bruxelas", que passa em revista a atualidade europeia diária. Em destaque estão, também, as seguintes notícias:

  • Os judeus mais jovens enfrentam crescente anti-semitismo na Europa, de acordo com um estudo junto de membros da comunidade dos 16 aos 34 anos. Quatro em cada cinco dos entrevistados disseram ser alvo de assédio, algo que consideram ter vindo a aumentar nos últimos cinco anos.
  • Vai ser proibido fumar em bares e restaurantes na Áustria, a partir de novembro. Depois de anos de debates acalorados, o Parlamento aprovou a medida, com votos contra do Partido da Liberdade, de extrema-direita.
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