A Comissão Europeia reagiu ao artigo do New York Times afirmando que cabe aos estados-membros administrarem os subsídios provenientes da Política Agrícola Comum
Um artigo publicado no jornal New York Times a propósito da política agrícola comum causou ondas de choque em Bruxelas.
A Comissão Europeia teve que defender-se das acusações que o jornal norte-americano aponta à política agrícola comum (PAC), em particular, como os oligarcas da Europa central utilizam os subsídios europeus para benefício próprio.
A comissão defendeu a política agrícola comum e insistiu que adotou um regime de tolerância zero contra quaisquer ilegalidades. Segundo a comissão, esta questão diz respeito aos estados-membros a quem cabe a administração dos subsídios.
"De acordo com o princípio de gestão comum, os estados.membros são em primeiro lugar responsáveis pela gestão legal dos fundos europeus. A comissão leva muito a sério qualque alegação ou suspeita que envolva a má utilização ou má gestão de fundos europeus. Quaisquer reclamações sobre a alegada utilização fraudulenta de fundos deve ser dirigida ao serviço anti-fraude (OLAF). Há várias investigações em curso", afirmou Daniel Rosário, porta-voz da Comissão Europeia paraa política agrícola.
O artigo destaca dois líderes europeus, que direta ou indiretamente beneficiam dos subsídios europeus: o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán e o primeiro-ministro checo, Andrej Babi.
A euronews pediu um comentário sobre a utilização dos fundos europeus ao ministro húngaro para os negócios estrangeiros, Péter Szijjártó, mas ele evitou responder preferindo criticar um dos autores do artigo.
"Sobre o artigo no New York Times: não lidamos com essa questão. Não requer muita imaginação um jornalista de um 'site' húngaro tentar fazer-se passar por um jornalista do New York Times apenas para ser citado no 'site' onde trabalha", disse o ministro húngaro para os negócios estrangeiros.
A pensar no futuro, a Comissão europeia já lançou uma proposta com vista a salvaguardar os fundos europeus e que inclui a criação de uma procuradoria europeia assim como a ligação entre subsídios europeus e padrões comuns de estado de direito.