Líderes da UE esperam processo do Brexit menos tenso

Líderes da UE esperam processo do Brexit menos tenso
De  Isabel Marques da Silva
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O primeiro-ministro britânico não esteve na cimeira da União Europeia, mas Boris Johnson dominou grande parte as declarações dos líderes comunitários à imprensa, na sexta-feira, em Bruxelas. A maioria absoluta que Johnson obteve nas eleições deverá permitir cumprir a data de 31 de janeiro.

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O primeiro-ministro britânico não esteve na cimeira da União Europeia, mas Boris Johnson dominou grande parte as declarações dos líderes comunitários à imprensa, na sexta-feira, em Bruxelas.

A maioria absoluta que Johnson obteve nas eleições no reino Unido deverá permitir cumprir a data de 31 de janeiro para o Brexit.

"Esperamos que o Parlamento britânico vote o quanto antes o acordo de saída. É muito importante, na nossa opinião, porque estamos prontos para iniciar a próxima fase", disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

A segunda fase prende-se com os detalhes de um acordo de livre comércio para que o país continue a ter uma relação próxima com a União em termos do mercado, mas também em áreas políticas como segurança e defesa.

O primeiro-ministro português, António Costa, realçou que o Reino Unido é um aliado crucial e o presidente francês, Emmanuel Macron, também deixou palavras simpáticas.

"Aos nossos amigos e aliados britânicos, gostaria de dizer algo muito simples: Nestas eleições legislativas ratificaram a escolha feita há mais de três anos, mas não vão abandonar a Europa porque estaremos sempre lado a lado", disse Macron.

A chanceler alemã, Angela Merkel, também decidiu ver o copo meio cheio: "Isto significa que teremos um concorrente que quer mostrar ao mundo o seu poderio, bem à nossa porta. Mas tal pode ter o efeito colateral positivo de aumentar o nosso ânimo".

Mas alguns líderes não conseguiram esconder a sua decepção, como foi o caso do primeiro-ministro checo, Andrej Babiš: "Johnson venceu e os britânicos vão-se embora, isso não é uma boa notícia para a Europa".

Depois das festas de fim-de-ano deverá voltar a azáfama para terminar a inédita saída de um Estado-membro da União onde estava há mais de 40 anos.

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