"Breves de Bruxelas": Europeus apostam no espaço

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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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A União Europeia é a segunda potência espacial do mundo, depois dos EUA, investindo oito mil milhões de euros, mas está atenta à concorrência que vem da Rússia, China e Índia. Cerca de 1200 convidados da 12 Conferência Espacial Europeia, em Bruxelas, debateram, terça-feria, estratégias para o setor.

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O espaço tem sido alvo de muitas aventuras científicas e fantasias artísticas, mas é cada vez uma indústria de enorme potencial económico, avaliado em mais de 300 mil milhões de euros.

A União Europeia é a segunda potência espacial do mundo, depois dos EUA, investindo oito mil milhões de euros, mas está atenta à concorrência que também vem da Rússia, China e Índia.

Cerca de 1200 convidados da 12 Conferência Espacial Europeia, em Bruxelas, debateram, terça-feria, estratégias para o setor, visto como crucial pela responsável pelo setor Digital na Comissão Europeia.

"É uma área que tem muita relevância para o planeta, para o que se passa aqui na Terra. Apresentaram-nos um programa de enorme sucesso ao nível do orçamento, do calendário de ação, do fornecimento de dados que são úteis à vida quotidiana", disse Margrethe Vestager, vice-presidente-executiva da Comissão Europeia.

Ao contrário dos EUA, mais apostados nas missões para explorar planetas ou desenvolver armamento espacial, a Europa quer focar-se em aplicações que sejam úteis para os cidadãos.

É o caso do sistema global de navegação do satélite Galileu e o sistema de observação terrestre do satélite Copérnico. Uma das novas apostas é limpar o lixo espacial.

"Um dos campos com maior potencial é o da segurança espacial, no que diz respeito a garantir que estamos protegidos contra ameaças e perigos com origem no espaço, mas também temos de gerir melhor o espaço. Refiro-me aos detritos espaciais, isto é, temos de recolher o lixo que foi deixado no espaço", afirmou Chiara Manfletti, presidente da Portugal Space.

União faz a força

Mas há outras áreas de aposta, como a monitorização das alterações climáticas, nomeadamente o aumento do nível do mar e as zonas de seca extrema. Outro setor importante continuará a ser o das telecomunicações. 

Os europeus só podem competir enquanto bloco, diz o diretor da Agência Espacial Europeia, Johann-Dietrich Wörner: "Se unirmos forças, a Europa estará muito bem posicionada. Se não o fizermos, teremos um problema".

"Deve levar-se em conta todos os aspetos dessa cooperação, não apenas em termos de dinheiro, mas da colaboração com a indústria, do apoio das várias instituições da União e de outras entidades europeias. Nesse sentido, a Europa é uma potência espacial muito forte ", acrescentou.

Portugal criou, há menos de um ano, a estrutura para uma Agência Espacial, denominada Portugal Space, que permite melhor participar neste desígnio. A ilha de Santa Maria, nos Açores, alojará a sede, que terá uma base de lançamento de satélites, a partir de 2021.

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